Dentre seus muitos papéis estratégicos dentro de uma organização, é preciso destacar a atuação da Comunicação Interna como apoio à cultura corporativa.
Essa relação, muitas vezes ignorada nas empresas, é determinante para o sucesso organizacional. Neste artigo, falaremos o porquê e como costurar a estratégia de Comunicação Interna para que a área possa desempenhar bem esse papel.
Comunicação Interna é apoio da cultura corporativa
Afinal de contas, como a Comunicação Interna pode ser apoio da cultura corporativa? Para responder essa pergunta, é preciso dar um passo para trás e falarmos sobre o que constrói a cultura e como torná-la parte da rotina de uma organização.
Quando nos perguntamos quais são os pilares da cultura organizacional, a resposta normalmente é: missão, visão e valores. E isso não está incorreto. No entanto, muitas empresas falham quando tiram tudo isso do papel e deixam apenas na parede, como um ornamento sem função.
O papel da Comunicação Interna é justamente ajudar a tirar esses tópicos da parede e levá-los para a rotina do colaborador. É importante ressaltar que esse trabalho não é exclusivo da área de CI, é preciso uma grande aliança com o RH e com as lideranças.
A Comunicação interna é a ponte entre organização e profissionais. É trabalho da área “traduzir” os pilares que formam a cultura para as atividades, estratégias e ações da empresa.
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Cultura deve ser autêntica
Um ponto crucial para que a Comunicação Interna possa atuar como apoio da cultura corporativa é a autenticidade dela.
Como mencionamos acima, muitas culturas organizacionais ficam restritas a um quadro pendurado. Isso porque a cultura verdadeira é aquela que é vivida dentro da empresa. Os colaboradores precisam ver e sentir verdade na missão, visão e principalmente nos valores organizacionais.
Um exemplo breve: se “diversidade” é o valor de uma empresa, mas a liderança é formada majoritariamente por um grupo (homens, brancos, heterossexuais etc.), será difícil passar a ideia de uma cultura diversa (e real) para os demais colaboradores.
Ao insistir em usar CI para propagar uma cultura que não existe, a empresa só tem a perder, assim como a própria área de Comunicação Interna. Isso porque ambas perderiam credibilidade perante ao público interno.
Então a regra é clara: CI deve apoiar, mas a cultura deve ser – antes de tudo – condizente com a realidade da empresa!
O apoio vai além
O trabalho da Comunicação Interna como apoio à cultura corporativa vai além da tarefa de inserir a missão, visão e valores em suas comunicações, mas abrange também o poder estratégico da área e seu impacto em temas que estão direta ou indiretamente ligados com essa cultura.
Por exemplo: as pessoas. A cultura organizacional é viva, para ser autêntica, as pessoas precisam acreditar e vivê-la. Dessa forma, outros fatores que afetam esse público, como a experiência do colaborador, o engajamento e o employer branding, também influenciam a cultura (e a Comunicação Interna tem participação em todos eles!)
Experiência do colaborador
A edição de 2022 do estudo State of the Sector mostrou que “82% dos respondentes concordaram que a comunicação interna é vista como um dos principais impulsionadores da experiência do colaborador em sua organização”.
Inclusive, já demos algumas dicas por aqui sobre como um canal de Comunicação Interna digital pode ajudar empresas a proporcionar experiências positivas aos colaboradores.
Durante um evento promovido pela Dialog em agosto de 2022 sobre inovações na Comunicação Interna, a CEO da TalentComms Thaís Aguiar comentou o papel da área na construção de uma narrativa estratégica que impacta a experiência do colaborador.
“A CI pode ser a grande guardiã das mensagens ao longo da jornada”, afirmou.
No mesmo dia, a gerente de Desenvolvimento Organizacional e Comunicação Interna na Livelo, Vanessa Salles, compartilhou como a CI da empresa se tornou protagonista na experiência do colaborador (spoiler: o super app desenvolvido pela Dialog está envolvido!).
Engajamento
O engajamento é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas. E uma cultura organizacional de sucesso precisa contar com pessoas engajadas.
Segundo a Gallup, empresas com times engajados registram turnover 59% menor do que aquelas que contam com colaboradores desengajados.
E onde entra a Comunicação Interna na história? A partir da informação e transparência que devem estar presentes no trabalho da área, cria-se um ambiente de confiança, algo essencial para o engajamento.
Além disso, as métricas em Comunicação Interna podem (e devem) servir como um termômetro de engajamento para as empresas.
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Employer Branding
A cultura corporativa conversa diretamente com o employer branding, sendo um dos fatores cruciais para a atração e retenção de talentos inclusive.
Para entender melhor a relação entre EB e Comunicação Interna, entrevistamos a co-fundadora do Employer Branding Brasil e gerente-sênior de Employer Branding e People Experience e Comunicação Interna na United Health Group, Suzie Clavery.
“Eu tinha as áreas de employer branding e people experience. Recentemente, a gente juntou Comunicação Interna nesses pilares por entender que muito da força da nossa marca empregadora está justamente naquilo que a gente oferece para os nossos colaboradores, na forma que nos comunicamos com eles”, afirmou a profissional.
Ainda falando sobre essa relação, a Dialog e dois clientes, Leão e Arteris, participaram da Maratona EB 2022 justamente para mostrar como CI e EB têm tudo a ver. Você pode conferir um resumo do evento clicando aqui.
Mão na massa!
A Dialog criou um checklist especial pensando no fato de que muitas empresas ainda não veem a Comunicação Interna como apoio à cultura corporativa.
Topa fazer esse checklist e testar o que você faz e o que pode melhorar?
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