A Comunicação Interna e a jornada do colaborador estão interligadas do primeiro ao último dia de qualquer profissional. Entretanto, muitas organizações não reconhecem essa relação e, consequentemente, não olham para o papel estratégico de CI em todas as etapas dessa trilha.
Entender como essa dinâmica funciona é fundamental para o trabalho de qualquer profissional de Comunicação Interna, que pode usar essa narrativa como um importante argumento para conquistar investimentos na área.
Neste texto, falaremos mais sobre a influência de CI em cada uma dessas fases vividas dentro da organização. Confira!
Comunicação Interna e jornada do colaborador
A relação entre Comunicação Interna e jornada do colaborador deve ser trabalhada desde o primeiro dia de qualquer profissional na organização, independentemente do porte da empresa ou do setor em que ele atuará.
Dados comprovam a importância de olhar com atenção para esse tema: a Harvard Business Review mostrou que as organizações que investem em experiência do colaborador têm um aumento de 45% nos lucros por pessoa/hora.
Já o estudo da Josh Bersin apontou que empresas que valorizam e investem em experiência do colaborador têm:
- 2,2 vezes mais chances de superar as metas financeiras;
- 2,4 vezes mais chances de encantar os clientes e;
- 5,1 vezes mais chances de engajar e reter os profissionais.
Além disso, employee experience também é um assunto que já está no radar dos líderes: 72% dos respondentes da State of the Sector (Gallagher) valorizam isso, e a Willis Towers Watson indica que 90% das lideranças veem o investimento nessa experiência como prioridade.
Agora, falando diretamente sobre a relação que a Comunicação Interna tem com essa pauta, o estudo sobre tendências de CI feito pela Aberje e Ação Integrada afirma que contribuir para a melhoria da experiência do colaborador é o 5º maior desafio da área no Brasil.
Em outro artigo no CITransforma, falamos sobre como a Comunicação Interna é influencer da experiência do colaborador, porque ela:
“Deve entender como engajar e atrair as pessoas para o caminho que a empresa vem construindo. A área precisa criar narrativas estratégicas que apoiem e/ou abordem os componentes de EX, além de acompanhar o colaborador em todos os passos de sua jornada dentro da empresa”.
A seguir, vamos falar sobre as etapas dessa jornada e a atuação da Comunicação Interna em cada uma delas.
Etapas da jornada
A jornada do colaborador conta com vários momentos, o primeiro deles acontece antes mesmo da integração do profissional. Veja quais são abaixo:
Comunicação por interesse
A primeira etapa é a comunicação por interesse, quando a pessoa candidata conhece ou passa a acompanhar a empresa por meio das redes sociais ou outros pontos de contato. Mas qual é o papel da Comunicação Interna nisso?
Para entender, precisamos dar um passo para trás e falar sobre Employer Branding (ou marca empregadora). Isso porque colaboradores, quando engajados e felizes, tendem a se tornar influenciadores e defensores da marca, o que reflete em propaganda positiva da empresa e em uma imagem atraente para talentos.
CI tem relação direta com EB, como já falamos por aqui. Em entrevista ao Dialog Talks, Suzie Clavery (UnitedHealth Group e Employer Branding Brasil), que vê a área como uma das forças da marca empregadora, afirmou:
“Eu tinha as áreas de Employer Branding e People Experience. Recentemente, a gente juntou Comunicação Interna nesses pilares por entender que muito da força da nossa marca empregadora está justamente naquilo que a gente oferece para os nossos colaboradores, na forma que nos comunicamos com eles”.
Integração com a empresa
A primeira impressão importa… e muito! A Comunicação Interna deve fazer parte do processo de integração de colaboradores. Essa participação pode acontecer de diferentes formas:
- Apoiar o RH na produção dos materiais que serão apresentados durante a integração.
- Ter espaço para apresentar seus canais de Comunicação Interna (no caso de um aplicativo ou rede social corporativa, é possível ensinar como fazer o download e o primeiro acesso, por exemplo).
- Criar uma comunicação específica para novos colaboradores, que acompanhem o profissional em suas primeiras semanas ou até meses de trabalho, período em que tudo é novo e, por isso, se faz necessário um acompanhamento mais próximo.
Essa aproximação também pode (e deve) ser usada para reforçar a cultura organizacional e trabalhar esse alinhamento entre empresa e colaborador.
Orientação, treinamento e desenvolvimento
O desenvolvimento é parte importante da jornada do colaborador e a Comunicação Interna pode ajudar nesse percurso por meio de seus canais. Alguns deles contam com recursos que facilitam a orientação e o treinamento.
Como exemplo, a plataforma multicanal Dialog oferece a possibilidade de integrar ou implementar EAD e conta com recursos como pesquisas e quizzes, que podem ser usados para avaliar a absorção do conhecimento em treinamentos, assim como galeria, que pode ser usada como repositório de documentos.
Serviços e normas de RH
CI e RH devem trabalhar como a dobradinha de sucesso nas organizações. Isso porque as áreas contam com alguns desafios similares, como alcance e engajamento, e têm o mesmo público-alvo como prioridade: os colaboradores.
Por esse motivo, os canais e a estratégia de Comunicação Interna também podem ajudar nos serviços e nas normas de RH. Prestar esse tipo de suporte aos colaboradores também contribui para uma jornada positiva.
De que maneira fazer isso? Por meio da realização de campanhas pontuais e/ou contínuas sobre determinados serviços ou eventos, como auditorias, e da disponibilização de informações úteis aos colaboradores em canais de CI, como políticas e formulários. Voltando ao exemplo da Dialog, nossa plataforma multicanal permite que isso seja feito pela galeria e timeline interativa.
Engajamento
Etapa crucial para uma boa jornada do colaborador, o engajamento é prioridade para a Comunicação Interna e tem grande impacto no bolso das organizações.
Segundo a Gallup, o desengajamento de colaboradores custa US$ 8.8 trilhões na escala global, o que equivale a 9% do PIB mundial. Outro dado também mostra que essa falta de engajamento custa 18% do salário anual do colaborador para as empresas.
A Gallup também citou a Comunicação Interna como um dos cinco pontos-chave para engajar colaboradores.
A CI trabalha engajamento de duas formas: com a comunicação normal, que constrói e sustenta uma relação de confiança do colaborador com a empresa, e por meio de ações de engajamento, sejam lideradas ou suportadas pela área.
A digitalização da Comunicação Interna também vem contribuindo para o engajamento de pessoas: nos últimos anos, colaboradores vêm demandando cada vez mais voz ativa dentro das organizações e esse movimento também chegou em CI.
A comunicação tradicional top down vem passando por mudanças e hoje é uma via de mão dupla em muitas organizações, com profissionais deixando de ocupar um posto meramente passivo e assumindo papel ativo na produção de conteúdo.
Entram aí os novos canais de Comunicação Interna, como a plataforma multicanal Dialog, que incentiva a participação ativa do público interno de diversas formas: timeline interativa, pesquisas, quizzes e portais de ideias.
Reconhecimento
Parte crucial da jornada do colaborador, o reconhecimento está atrelado ao engajamento. De acordo com a McKinsey, 67% dos entrevistados classificam elogios da liderança como o fator de maior motivação não financeira que contribui para a performance dos colaboradores.
Muitos não reconhecem, mas a Comunicação Interna pode desempenhar um papel de suporte fundamental para criar ou fortalecer uma cultura de reconhecimento nas organizações.
A área pode promover campanhas e meios para facilitar tanto o reconhecimento entre colegas e quanto da liderança para os liderados. A Dialog conta com um recurso que permite que os colaboradores possam recomendar uns aos outros, por exemplo.
O usuário que recebe a recomendação precisa aceitá-la e, depois disso, a mensagem fica no perfil do colaborador, podendo ser vista por todos.
Pesquisas e revisões
Por fim, a Comunicação Interna e a jornada do colaborador se cruzam na etapa de pesquisas e revisões. Já falamos sobre como as pessoas querem ser escutadas dentro das organizações, mas como as empresas podem mostrar que estão fazendo isso? A resposta também está em CI.
Sendo assim, canais de comunicação devem apoiar ou abrigar pesquisas e iniciativas que abram o microfone para os colaboradores, além de divulgar os resultados (quando possível) e compartilhar revisões de políticas e processos.
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