Assim como o alcance, o engajamento também é um dos grandes desafios da Comunicação Interna. Afinal, a área tem papel fundamental na missão de engajar colaboradores.
O engajamento é um indicador tão relevante que pode, inclusive, impactar financeiramente as organizações – já que profissionais desengajados têm menor produtividade e, consequentemente, geram resultados insatisfatórios.
Além disso, há também outra consequência que mexe diretamente com o bolso das empresas: a falta de engajamento contribui para a alta rotatividade de profissionais. Segundo a Gallup, o desengajamento de colaboradores custa US$ 8.8 trilhões na escala global, o que equivale a 9% do PIB mundial. Outro dado também mostra que essa falta de engajamento custa 18% do salário anual do colaborador para as empresas.
Esses dados escancaram a necessidade de trabalhar o engajamento em todas as frentes possíveis e a Comunicação Interna deve aproveitar a oportunidade para mostrar seu potencial estratégico para o negócio.
Neste material, compartilharemos mais dados sobre a importância do engajamento nas companhias, o papel da Comunicação Interna e como trabalhar essa relação.
Boa leitura!
Os custos e benefícios do engajamento
Antes de falarmos sobre a dinâmica entre o engajamento e a Comunicação Interna, o CI Transforma levantou alguns dados e informações relevantes sobre a importância de ter colaboradores engajados.
O estudo “The cost of employee disengagement” compartilhou a definição de engajamento como:
“O engajamento dos funcionários indica o grau de comprometimento e entusiasmo que as pessoas sentem pelo seu trabalho. Um profissional engajado se preocupa com seu trabalho e suas contribuições ao desempenho geral da empresa. Eles estão emocionalmente envolvidos em seu trabalho, e a missão e os objetivos da organização são partes integrantes de sua visão de carreira. O envolvimento do colaborador não garante sua satisfação, mas os dois geralmente coexistem.”
A edição 2023 do State of the Sector mostrou que engajar as pessoas em torno do propósito, da estratégia e dos valores organizacionais é a principal prioridade para 51% dos respondentes. Esse foi o sétimo ano consecutivo que o tópico ficou no topo de prioridades.
O Global State of Internal Communication 2023 (Ragan) apontou que 58% das empresas possuem níveis de engajamento moderados e que engajar colaboradores da operação é uma prioridade para organizações com times operacionais. Esse dado se torna mais alarmante quando entendemos o cenário mundial: 80% da força de trabalho no mundo é operacional.
Isso significa que, cada vez mais, organizações têm entendido a complexidade que o tema possui e a necessidade de trabalhá-lo. A pesquisa da Ragan também mostrou que 95% das empresas classificam como importante, muito ou extremamente importante a pauta de engajamento de times operacionais.
Mesmo não sendo o melhor cenário, o percentual de empresas que responderam “moderado” subiu 10% desde a última edição da pesquisa. Nos Estados Unidos, o paper U.S. Employee Engagement Needs a Rebound in 2023 escancarou os piores níveis de engajamento nas organizações do país desde 2020.
O estudo mais recente mostra que a proporção de profissionais engajados para ativamente desengajados nos EUA é de 1,8 para 1. Em comparação com os anos anteriores, 2021 registrou 2,1 para 1 e 2020 apresentou 2,6 para 1.
A última edição do State of the Global Workplace mostrou que apenas 23% dos colaboradores estão engajados no trabalho em nível global, mas o percentual sobe para 31% na América Latina e Caribe. No Brasil, 28% da força de trabalho está ativamente engajada.
A pesquisa também mostra que 59% dos colaboradores no mundo não estão engajados e são colocados na categoria “quiet quitting”, pois “eles colocam o mínimo esforço necessário e são psicologicamente desconectados de seu empregador”. Além disso, ainda a nível global, 18% estão altamente desengajados.
Quando olhamos para o quesito financeiro, outro estudo mostrou que empresas com maior engajamento registram produtividade 21% maior do que aquelas que não contam com funcionários engajados.
Ao comparar os níveis de engajamento dos profissionais, pesquisadores avaliaram empresas com os melhores e piores índices e, a partir deles, extraíram uma análise média de importantes indicadores. Eles correspondem a:
Em outro estudo, desta vez da HRDive, os números afirmam que o desengajamento de colaboradores chega a custar, por ano, entre 450 e 500 milhões de dólares às organizações.
Os pontos listados acima impactam diretamente os resultados do negócio, deixando clara a importância do engajamento para a saúde financeira e sucesso de qualquer empresa.
O que engaja?
A busca pelo engajamento dos colaboradores começa com o entendimento do que engaja e o que desengaja.
Começando pelo que desengaja, o “The Cost of Employee Engagement” cita alguns fatores:
- Desconfiança da liderança;
- Oportunidades de desenvolvimento insuficientes;
- Falta de recursos;
- Falta de feedback e reconhecimento;
- Falta de balanço entre vidas profissional e pessoal;
- Compensação e benefícios inadequados;
- Comunicação interna ruim (falaremos disso a seguir).
Já a Gallup lista cinco pontos-chave para engajar colaboradores: propósito, desenvolvimento, liderança que se importa, conversas contínuas e foco nos pontos fortes. Entretanto, há outro fator crucial para o engajamento nas organizações: a Comunicação Interna.
Uma área de CI ineficiente é um dos maiores riscos ao negócio: uma pesquisa feita com c-levels pela Poppulo mostrou que o custo de uma Comunicação Interna ruim é de, em média, 19 milhões de dólares por ano.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, o Mitchell Communications Group apontou que a falta de comunicação custa anualmente às empresas US$ 37 bilhões (ou US$ 26 mil por colaborador).
Parte considerável dessas perdas financeiras se dão pela falta de engajamento dos colaboradores. Isso porque uma estratégia ruim de Comunicação Interna impacta o nível de confiança dos profissionais na empresa.
Quando os funcionários se sentem informados sobre os objetivos, as estratégias e os desafios da organização, eles se tornam mais engajados, pois compreendem como seu trabalho se encaixa no contexto geral.
“Ninguém prospera em um trabalho quando não sabem o que está acontecendo, por que estão trabalhando em uma determinada tarefa ou se estão alinhados com os objetivos da empresa”, afirmou o estudo The Cost of Employee Engagement.
O engajamento será o maior desafio da Comunicação Interna até 2024, foi o que revelou o State of Internal Communications. O dado não surpreende, já que o tema se tornou prioridade da área nos últimos anos, graças aos desdobramentos da pandemia.
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Além disso, uma Comunicação Interna eficaz promove o sentimento de pertencimento e valoriza os colaboradores, dando voz a suas ideias e preocupações, promovendo o diálogo e fortalecendo a transparência. Ao se sentirem ouvidos e parte do processo decisório, os funcionários se tornam mais motivados, comprometidos e dispostos a contribuir ativamente para o sucesso da empresa.
Dessa forma, a Comunicação Interna estabelece um ambiente de trabalho saudável e colaborativo, fortalecendo a cultura organizacional e impulsionando o engajamento dos colaboradores. A área também trabalha como suporte em ações de engajamento conduzidas por outros departamentos, como o RH.
O segredo é multicanal
Hoje em dia, a tecnologia se mostra como uma grande aliada nessa missão ao oferecer recursos que incentivam a participação e a voz ativa dos profissionais. Esse é o caso da Dialog, plataforma multicanal de Comunicação Interna e Engajamento.
A multicanalidade garante o alcance e o envolvimento de todos os profissionais de uma empresa, o que aumenta as chances de engajar esse público. É importante lembrar que a Comunicação Interna e o engajamento são pontos cruciais para uma experiência do colaborador positiva.
A Arteris, por exemplo, atingiu 98% de engajamento em uma campanha na plataforma multicanal da empresa, que foi desenvolvida pela Dialog.
“Durante o Mês do Caminho Seguro, a gente alcançou um engajamento de 98% dos nossos colaboradores. Isso é motivo de muito orgulho e também uma marca de como a rede social corporativa já faz parte da vida dos nossos colaboradores”, afirmou o superintendente de Comunicação e Marca, Pablo Solano.
Assista ao case:
Em entrevista ao Dialog Talks, Tânia Oliveira, coordenadora de Marca e Engajamento na Arteris, também falou sobre a relação entre o Conecta e o engajamento.
“Foi realmente um divisor de águas. Existe um antes e um depois do Conecta. É por ele que a gente lança todas as nossas campanhas de engajamento, é por ele que a gente consegue mensurar o nosso engajamento, como está a aderência das mensagens pelo nosso público interno”, conclui.
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