Junto com a chegada de um novo ano vem a necessidade de reflexão sobre os aprendizados do ciclo que se encerra. Para a área de CI, que vem ganhando cada vez mais notoriedade, não seria diferente. Sendo assim, o que profissionais de Comunicação Interna devem tirar de 2022?
Neste artigo, falaremos um pouco sobre alguns dados de pesquisas lançadas ao longo deste ano que mostram o futuro brilhante que a área pode ter com uma boa estratégia e investimentos necessários em 2023.
Aprendizados de Comunicação Interna
Em um ano marcado por incertezas, a área de Comunicação Interna precisou entender como desbravar um mundo “pós-pandemia” sem perder o reconhecimento do seu posto estratégico nas organizações.
Abaixo, listamos alguns aprendizados que profissionais de CI devem levar para os próximos anos.
1 – Mensuração é tudo!
Um dos aprendizados que profissionais de Comunicação Interna devem tirar de 2022 é a mensuração das iniciativas da área.
De acordo com a pesquisa “Tendências em Comunicação Interna 2022”, feita pela Ação Integrada e Aberje e lançada em março, as maiores prioridades para a área estão relacionadas diretamente à mensuração. São elas:
- Estabelecer indicadores para as ações de comunicação interna (57%);
- Medir mudanças de comportamento em relação às mensagens (43%).
Ao mesmo tempo, mensurar é o maior desafio da Comunicação Interna, como mostrou a pesquisa State of the Sector, produzida e divulgada em agosto pela Gallagher. Outros desafios citados pelo estudo foram: poucas habilidades de comunicação da liderança e excesso de canais de comunicação interna.
É importante salientar que as conversas sobre mensuração não começaram esse ano, mas os dados acima mostram a urgência nessa virada de chave. Comunicação Interna deve ser estratégica e, para isso, precisa de dados contundentes.
Leia também:
- Métricas validam trabalho da Comunicação Interna; como estabelecer indicadores
- Métricas de Comunicação Interna: é hora de usá-las para apoiar RH e negócios
2 – Sempre é hora de revisar canais
A infoxicação vem se mostrando um grande problema: em um mundo onde somos bombardeados constantemente por informações, como assegurar que a mensagem está sendo de fato absorvida?
Dentro das empresas, esse excesso pode vir pelo uso de muitos canais de Comunicação Interna ao mesmo tempo. O estudo da Aberje e Ação Integrada apontou que 73% das empresas têm atuado para reduzir o excesso de informação em seus canais internos.
Atualmente, o número de campanhas feitas pela Comunicação Interna mostra esse excesso: 38% divulgam mais de 15 campanhas internas por ano e quase metade dessas empresas produzem mais de 30 campanhas no mesmo período.
Sendo assim, é preciso revisar os canais utilizados e as campanhas feitas. Focando nos canais de CI, o movimento de revisão já começou para algumas empresas.
Segundo a Gallagher, 1 em cada 5 equipes já concluiu um estudo aprofundado sobre revisão de sua estratégia de canal de comunicação interna, e cerca de um terço (34%) está atualmente em processo de fazê-lo.
Uma boa alternativa é apostar em ferramentas de amplo alcance, como o aplicativo de Comunicação Interna ou rede social corporativa. Inclusive, a implementação desse tipo de canal foi considerada a mais desejada segundo os respondentes do estudo nacional.
Em complemento a isso, o State of The Sector mostrou que o uso de canais offline como cartazes, banners e os quadros de avisos caiu para 44% (era 63% em 2021), já o uso de revistas corporativas caiu para 16%.
3- Comunicação Interna ajuda na retenção de talentos
Ao longo de 2022, falamos muito sobre a relação entre CI e employer branding. A área pode (e deve) trabalhar junto com a equipe responsável pela marca empregadora para fazer essa construção e sustentação de dentro para fora.
Esse trabalho impacta diretamente na retenção de talentos e, consequentemente, na diminuição do turnover. É claro que esses pontos não dependem exclusivamente de CI, mas a área tem grande peso ao trabalhar a confiança, transparência e engajamento.
De acordo com a pesquisa CI Trends 2022, 21,1% das diretorias esperam a retenção de talentos como benefício ao investir na área.
O estudo State of Internal Communication classificou o recrutamento e a retenção de talentos como um dos maiores desafios da Comunicação Interna nos próximos meses.
Em outro artigo do CI Transforma, falamos mais sobre essa relação e como trabalhar a Comunicação Interna como estratégia para a redução de turnover, não deixe de conferir!
4 – CI impacta o negócio
O erro de muitos profissionais de Comunicação Interna é não entender a dimensão do impacto do trabalho da área no negócio… ou não saber vender esse peixe.
Novamente, os dados aqui se mostram necessários, mas mostrar a relação do trabalho da área com outros temas relevantes para a organização também é importante.
Além da retenção de talentos, outros benefícios buscados ao investir em CI são:
- Alinhamento dos colaboradores com a cultura e a estratégia organizacional (81,9%);
- Maior colaboração entre colaboradores (42%);
- Aumento da produtividade (36,2%);
- Colaboradores como embaixadores da marca (28,8%);
- Dar voz aos colaboradores (23,5%)
Não custa reforçar: Comunicação Interna impacta diretamente no engajamento e na experiência do colaborador. Separamos alguns artigos e materiais para falar mais sobre essas relações:
- Entenda o impacto da Comunicação Interna na experiência do colaborador
- Influência da Comunicação Interna na experiência do colaborador reduz turnover; entenda
- Engajamento será o maior desafio da Comunicação Interna até 2024, revela estudo
- Especialistas dão 35 dicas para aumentar o engajamento em times operacionais
Para 2023, os aprendizados da Comunicação Interna se resumem a: CI precisa ser mais digital, estratégica e participativa. Vamos juntos nessa transformação?
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