A Comunicação Interna vem trilhando um caminho rumo ao digital e mobile. Mas o que vem por aí? Para entender isso, a quarta edição da pesquisa State of Internal Communication, lançada em agosto de 2022, perguntou quais são os maiores desafios da área que precisarão ser enfrentados nos próximos 18 meses – ou seja, até o início de 2024.
Aparecem entre as respostas desafios relacionados à tecnologia, ao retorno ao trabalho presencial ou híbrido, engajamento e até mesmo recrutamento e retenção de talentos.
O mesmo estudo perguntou aos profissionais de Comunicação Interna o que gostariam que os executivos de sua organização entendessem sobre seu trabalho e qual foi o maior aprendizado nos últimos 12 meses.
Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as respostas e como elas definem o cenário atual e futuro para a Comunicação Interna. Confira!
O que vem por aí na Comunicação Interna
Segundo os respondentes, o engajamento de colaboradores é o maior desafio a ser enfrentado pela Comunicação Interna nos próximos 18 meses. Uma resposta que não surpreende, já que o tema se tornou prioridade da área nos últimos anos, graças aos desdobramentos da pandemia.
Mas os desafios de CI não param por aí: o estudo mostrou que, além do engajamento, os profissionais da área também apontaram como dificuldades enfrentadas:
- Pontualidade da comunicação;
- Consistência de atualizações;
- Equilíbrio entre falta e excesso de comunicação (infoxicação);
- Fazer com que colaboradores consumam as informações enviadas;
- Mensurar esse consumo.
De acordo com a pesquisa, 1 em cada 3 entrevistados descreveram o nível de absorção por parte dos funcionários com as informações como abaixo da média ou ruim.
Esse dado pode ser explicado pelo fato de que a área de Comunicação Interna não é a única a oferecer informações: ela precisa competir com os conteúdos externos. O estudo também atribui o número baixo à inconsistência e imprecisão na medição de consumo de conteúdo interno, que “continua a sobrecarregar os praticantes de CI”.
A mensuração das ações da área se mostra como resposta para esse problema, pois ajuda o time de Comunicação Interna a entender fatores importantes, como a experiência do colaborador. De acordo com o estudo: “o uso de dados para ajustar como e quando nos comunicamos, pode afetar esses números no futuro”.
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Aprendizados
Os organizadores do estudo também perguntaram para mais de 300 comunicadores internos qual foi o maior aprendizado nos últimos 12 meses. Confira abaixo algumas das respostas:
Essas respostas só ressaltam a importância de três pontos cruciais para a Comunicação Interna:
- planejamento estratégico;
- investimento;
- apoio da liderança.
O que profissionais de Comunicação Interna querem dizer à liderança
Falando em apoio da liderança, a pesquisa pediu que os entrevistados compartilhassem algum ponto que desejavam que os executivos de suas organizações entendessem sobre seu trabalho como área de Comunicação Interna.
Dentre os recados, os profissionais da área avisaram que CI “está no epicentro da empresa e, portanto, tem a capacidade de influenciar mais do que pensam”. Também chamada de “coração da organização”, a Comunicação Interna foi definida por um respondente como a representante da ponte entre colaborador e liderança (e que pode ajudar a conectar esses dois públicos).
Um ponto presente em mais de uma resposta da pesquisa é a visão da estratégia, planejamento e trabalho de Comunicação Interna pelos executivos. Abaixo, compartilhamos dois relatos importantes para essa reflexão:
“A Comunicação Interna não é apenas enviar comunicados e colocar coisas na intranet. Somos poderosos parceiros estratégicos e muitas vezes podemos ajudar a identificar possíveis obstáculos e planejar para eles (líderes) como podemos ajudar a controlar a narrativa”.
e
“Enquanto a Comunicação Interna compete pela atenção dos colaboradores, que é cada vez mais mais dividida, a liderança é rápida em querer apenas focar em comunicações rápidas e de alto nível, que os funcionários podem consumir rapidamente e continuar com o seu dia. Criar conteúdo acessível e envolvente para chamar a atenção dos funcionários é importante, mas algumas comunicações não são apenas informar ou atualizar sobre um determinado tópico e sim ajudar a impulsionar a mudança comportamental. A necessidade em equilibrar comunicações rápidas de “fast food” e fornecer o mergulho profundo e mensagens repetitivas que vão impulsionar a ação às vezes acaba sendo perdido. Fazer as duas coisas no tempo real do mundo atual é difícil, mas se não fizermos isso, não corremos o risco de apenas fazer um impacto superficial que não vai impulsionar a cultura e resultados que estamos tentando apoiar”.
O futuro é da Comunicação Interna digital e mobile
Muitas mudanças impactaram a área de CI nos últimos tempos, a necessidade de partir para canais digitais que ultrapassem as paredes do escritório foi uma delas. Mas nada disso importa se não houver um estudo sobre o desempenho da área, o que nos faz concluir que o futuro de Comunicação Interna tem 3 grandes características: digital, mobile e baseado em dados.
O State of Internal Communication 2022 compartilha quatro conclusões a partir dos dados da pesquisa:
- O envolvimento da liderança é vital para o sucesso da Comunicação Interna;
- A tecnologia deve apoiar e ajudar os objetivos de CI;
- Não apenas colete dados, use-os e deixe-os guiar a mudança organizacional;
- Em termos de pessoas, o time de CI vem sendo priorizado, com a maioria das organizações mantendo ou aumentando a equipe da área desde o último ano.
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