Ainda tem dúvida do porquê fazer Comunicação Interna? Especialista responde

por | 21/11/2022 | Boas Práticas, Comunicação Interna, Talks

Por que fazer Comunicação Interna? Já falamos sobre o poder estratégico e o impacto de seu trabalho no negócio. Mesmo assim, existem muitas organizações que ainda não contam com uma área de CI, sobrecarregando profissionais de outros departamentos com a responsabilidade da comunicação com colaboradores.

A boa notícia é que várias delas já perceberam que essa situação é insustentável e que a criação ou investimento na área de Comunicação Interna reverbera na organização como um todo. Mas como começar?

Para responder essa pergunta e contar como tirar o projeto da Comunicação Interna do papel, convidamos a consultora e pesquisadora em comunicação Michele Medeiros no 17º episódio da 2ª temporada do dialog talks. Se quiser assistir ou escutar a entrevista na íntegra, basta clicar nos players abaixo.

Por que ter uma Comunicação Interna?

Afinal de contas, por que ter uma Comunicação Interna? Michele explica que, independente da existência da área, existe comunicação nas organizações.

“A diferença é que quando não existe uma área (CI) estruturada, a gente não tem o gerenciamento e manejamento dessa comunicação, então ela corre desassociada das estratégias da empresa e das demandas e necessidades dos empregados.”

Ela, então, explica que a área de Comunicação Interna se mostra necessária para ajustar e alinhar a comunicação humana que flui naturalmente e direcioná-la de acordo com os objetivos organizacionais e das expectativas dos colaboradores nas empresas.

A nova CI

Michele realizou um estudo que contou com a participação de mais de 2.500 profissionais de CI e concluiu que a comunicação com empregados tem sido, em muitas organizações, uma comunicação pela empresa e para empregados e que isso “não cabe mais em nossos tempos”. Mas por quê?

“Quando a gente olha para trás e não muito longe, estou falando de algumas décadas, a gente via uma comunicação que era basicamente… não era uma comunicação de fato, era informar. A empresa fala, o empregado escuta e ponto final.”

A especislista ainda explica que esse formato limitava as formas pelas quais os colaboradores conseguiam falar, seja por greves, apoio do sindicato ou até mesmo a imprensa. 

E como é a nova Comunicação Interna? Digital e inclusiva.

“Com o passar do tempo e, principalmente com a tecnologia ampliando e alcançando cada vez mais pessoas, todos foram sendo de alguma forma como protagonistas. As pessoas não estão mais ali só ouvindo, elas estão falando também. Você não consegue barrar mais isso”.

Segundo a pesquisadora, CI deve ser um espelho da comunicação fora da empresa, que promova o diálogo e ofereça voz ativa aos colaboradores.

“A comunicação é necessariamente participativa”, destaca.

Conheça 5 cases de Comunicação Interna digital de sucesso.

Ela também fala sobre a relação com a marca empregadora e a mudança na forma que profissionais enxergam o trabalho: enquanto antes a estabilidade era prioridade e era comum ver pessoas construírem carreiras em uma só empresa, hoje o que se busca é o propósito.

“Eu quero me identificar com aquela organização, quero sentir que faço parte daquela construção, que eu faço a diferença. E para isso, não estou ali só ouvindo, estou contribuindo e, para contribuir, eu preciso me comunicar e a empresa precisa me ouvir. É uma escuta que os dois lados ganham”.

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Comunicação Interna e inovação

Por que ter uma Comunicação Interna? A inovação faz parte da resposta. O viés inovador da área é frequentemente esquecido e, ao mesmo tempo, crucial para as organizações.

A consultora explica que é preciso se atentar aos avanços culturais, sociais e tecnológicos, porque eles impactam diretamente na comunicação e na forma de se relacionar dentro das empresas.

Ela encara que prestar atenção na comunicação humana fora do ambiente de trabalho foi o primeiro passo que CI deu no sentido de inovar. Michele ressalta que é preciso fazer adaptações, levando em consideração a realidade e o cenário de cada empresa.

“Quando ela (CI) começou a se atentar para isso, começou a trazer tecnologias, avanços, comportamentos e estratégias que faziam muito sentido na vida cotidiana e que poderiam fazer também na vida da organização”.

O segundo passo é o perfil multidisciplinar que a área de Comunicação Interna tem e é preciso “beber nessas fontes” para trazer para o campo de CI o que faz sentido.

Tire o projeto da CI do papel!

Michele compartilhou dicas para empresas que querem finalmente tirar o projeto da Comunicação interna do papel. A profissional separou em duas categorias: 

Organizações que nunca tiveram área de CI

Para aquelas que se enquadram nessa categoria, a pesquisadora cita um ponto positivo: a oportunidade de começar direito.

“Muitas organizações começaram sem um estudo de cenário, sem uma delimitação de escopo, uma política de comunicação. E isso fez com que hoje estivessem presas a uma atuação extremamente operacional”.

Sua empresa faz parte desse grupo? Anote as dicas:

  1. Faça um estudo do cenário da empresa: analise a comunicação existente e suas lacunas;
  2. Crie políticas e normas (ajuda a delimitar escopo e construir a base);
  3. Invista em um planejamento estruturado, baseado no diagnóstico da empresa, para definir canais de comunicação e outras iniciativas da área.

Organizações que tem CI e estão presas em modelos antigos

Já para empresas que possuem a área de CI, mas que essa não consegue migrar para uma postura consultiva, os conselhos da especialista são:

  1. Crie políticas e normas;
  2. Eduque clientes internos sobre o trabalho e potencial da área;
  3. Procure parceiros internos e construa trabalhos estratégicos e relevantes com eles (constrói um portfólio de resultados);
  4. Capacite pessoas, principalmente líderes, para se comunicarem melhor (trabalhe para se tornar uma área consultiva).

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