Infoxicação: o excesso de informação no ambiente corporativo

por | 13/02/2023 | Canais, Comfoco Endomarketing, Parceiros

Um dos maiores desafios das organizações hoje é gerenciar as informações que precisam ser absorvidas pelos colaboradores e controlar o excesso de conteúdo que eles recebem por todos os meios pelos quais estão conectados. Vivemos num mundo ultradinâmico, onde a informação circula por e-mail, redes sociais e outras inúmeras opções de aplicativos que nos obrigam a selecionar o que nos interessa e o que queremos consumir. Nessa realidade, as empresas estão começando a repensar seus modelos de comunicação, pois o mundo mudou e o jeito de se comunicar também.

Informações são fundamentais para os colaboradores

As organizações têm necessidade de compartilhar diversos temas relevantes com os seus colaboradores, desde questões ligadas ao bem-estar, passando por assuntos sobre processo e gestão, até chegar em objetivos e planejamento estratégico. É muito importante que a pessoa que está dentro do negócio saiba como funciona a operação, quais são os produtos ou serviços que a empresa oferece, quem são os clientes da organização e onde atuam, como a empresa está performando, se está expandindo e de que forma, e muito mais. Além disso, é essencial que se divulguem temas como benefícios que organização oferece ao colaborador, pesquisas de clima e outros aspectos ligados à felicidade das pessoas.

Mas, diante do excesso de informação que os colaboradores recebem, como fazer isso realmente ser consumido e entendido pelo público interno? São muitas as notificações que chegam via e-mail, TV corporativa, newsletter, reunião, WhatsApp, intranet, etc., então como é possível engajar o time naquilo que é relevante?

A forma como nos comunicamos mudou

Com a chegada da pandemia e em função das mudanças decorrentes de novos formatos de trabalho, as pessoas passaram a ficar ainda mais conectadas aos seus aparelhos. Tudo passou a ser virtual, desde reuniões até conversas entre pares, líderes e equipes. Isso fez com que as pessoas chegassem a um esgotamento físico e mental.

Dessa forma, a Síndrome de Burnout se tornou cada vez mais uma realidade. Hoje, de acordo com uma pesquisa publicada pelo blog da Somos Unit em junho de 2022, aproximadamente 32% dos trabalhadores brasileiros estão sofrendo com essa síndrome, o que equivale a 33 milhões de pessoas. 

Nesse cenário, a informação em excesso também passa a ser um ponto estressante, porque o colaborador recebe uma enxurrada conteúdos diariamente e se angustia por não conseguir ler todos eles ou priorizar minimamente o consumo.

O que as empresas estão fazendo para buscar soluções

Para poder ter uma comunicação mais eficiente, as áreas de Recursos Humanos e de Comunicação Interna estão realizando pesquisas para entender o que está bom ou ruim no processo de divulgação das informações. Nesse sentido, querem entender qual é a efetividade dos canais existentes, buscando trabalhar o fluxo e a quantidade de informações, a qualidade e a relevância dos conteúdos, além de outros aspectos.

  • As principais queixas dos entrevistados

Nas pesquisas realizadas por meio desses diagnósticos, a maior questão em destaque hoje é o excesso de informações que são direcionadas aos colaboradores. Ou seja, existe uma infoxicação presente nas organizações. As pessoas relatam que não conseguem abrir conteúdos que recebem, não têm tempo para acessar canais internos para buscar informações, não querem ler textos longos ou ficar clicando em links externos.  Isso nos faz perceber que o que era modelo de sucesso há alguns anos, não funciona mais no mundo atual.

  • As pessoas querem informação em tempo real e de forma objetiva

As pesquisas também têm apontado que cada vez mais o colaborador quer receber a informação com objetividade, ou seja, na palma da mão. Nessa realidade, destacam-se os canais de comunicação que funcionam por meio de aplicativos mobile e concentram todas as informações num único lugar. Assim, quando notificadas, as pessoas conseguem abrir e olhar o assunto, ler rapidamente ou assistir a algum vídeo para ficar por dentro do que acontece. Ou seja: textos longos e matérias com muito conteúdo não são mais atrativas e têm pouca adesão.

O que o futuro nos reserva

Pensar em novas formas de se comunicar com os seus públicos internos é prioridade hoje para as organizações. Não existe uma receita mágica. Precisamos entender o mundo em que vivemos, acompanhar as tendências de comportamento e, a partir daí, desenhar novas rotas para que consigamos fazer com que as pessoas se engajem naquilo que é relevante.

Precisamos pensar em comunicações mais ágeis, mais fáceis e mais dinâmicas, porque o mundo está assim. Com as redes sociais passamos a ser consumidores e também produtores de conteúdos curtos, diretos e objetivos. Não podemos desconsiderar isso na hora de pensar nas formas de levar informação às pessoas, principalmente às que pertencem a novas gerações.

Talvez seja a hora de trocarmos o mural da fábrica por telas de TV e trocar todos os canais por um canal único. A forma ideal? Ainda não sabemos, porque a receita certa ainda é uma incógnita, mas a necessidade de repensar o modelo é urgente. Temos como avaliar as tendências de comportamento e traçar estratégias com base nelas, mas dizer qual é a solução de sucesso ainda não é possível.

E não sabemos se será possível definir algo assim, porque nosso mundo está em acelerada e constante evolução. O que precisamos é acompanhar e tentar ter êxito com os dados e as informações que conseguirmos coletar.

O texto acima foi produzido por um parceiro Dialog, tendo seus direitos reservados. A Dialog não se responsabiliza pelo conteúdo deste artigo, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.

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