É tempo de falar sobre felicidade

por | 03/01/2025 | Employee Experience, Happy, Parceiros

Frases como “é preciso pagar o preço do sucesso” e “descanso é para os fracos” nos fizeram acreditar que vida e trabalho não poderiam coexistir de forma feliz. A ideia é reforçada pela origem da palavra “trabalho”, derivada do latim tripalium, uma ferramenta de tortura.

No entanto, passamos mais de um terço de nossas vidas trabalhando — e esse tempo só aumenta com a maior expectativa de vida, o adiamento da aposentadoria e a pressão por desenvolvimento constante em um ambiente cada vez mais competitivo.

Trabalho e vida pessoal se misturam, e é ilusório limitar a felicidade ao tempo livre. O desafio é buscar equilíbrio entre essas áreas.

Contra dados, não há argumentos

Em 2022, a Organização Mundial de Saúde reconheceu o burnout como um estado de esgotamento relacionado ao trabalho, e o Brasil está em segundo lugar no ranking dos países com mais casos.

O estudo State of the Global Workplace, da Gallup, aponta que os trabalhadores brasileiros estão entre os mais estressados, tristes e que mais sentem raiva no dia a dia na América Latina. 

Já a pesquisa The Happiness Index, realizada em parceria com a Pluxee, demonstra que os brasileiros são 9% menos felizes no trabalho do que a média global.

E essa tal felicidade?

A Psicologia Positiva, segundo Martin Seligman, considera a felicidade como um estado de bem-estar que pode ser conquistado e experimentado de diferentes formas. Seu modelo PERMA-V define seis elementos que promovem uma vida feliz:

  • P (Positive Emotions) – emoções positivas, como gratidão e otimismo.
  • E (Engagement) – engajamento em atividades que geram prazer.
  • R (Relationships) – relacionamentos saudáveis e significativos.
  • M (Meaning) – propósito e sentido de vida.
  • A (Accomplishment) – realização de metas e progresso pessoal.
  • V (Vitality) – cuidados com a saúde física e mental.

Para Seligman, a felicidade é individual, subjetiva e requer equilíbrio entre esses elementos. Não é uma meta fixa, mas um exercício contínuo no cotidiano. Contudo, se a felicidade é individual, como podemos falar de felicidade corporativa?

Empresas felizes

Organizações que priorizam o bem-estar de seus colaboradores criam condições para que cada pessoa desenvolva sua própria felicidade. Líderes desempenham um papel central nesse processo, assim como a Comunicação Interna, o Endomarketing e o Employer Branding.

É tempo de formar líderes mais comunicativos, empáticos e próximos, que reconheçam conquistas, celebrem vitórias, deleguem com propósito e promovam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Além disso, é essencial clareza na proposta de valor ao colaborador, conectando pessoas a ambientes que reflitam suas definições de felicidade.

Também é importante mapear e dar visibilidade a iniciativas que se alinhem ao modelo PERMA-V, como eventos de integração, projetos sociais, grupos de afinidade, histórias inspiradoras, plano de carreira e ações de saúde e bem-estar. 

É tempo de impulsionar a felicidade para a sustentabilidade do negócio. Pessoas mais felizes tendem a querer ficar na empresa (impacto no turnover), desejam vir ao trabalho (impacto no absenteísmo), fazem suas atividades com mais eficiência e qualidade e cuidam da sua segurança e saúde. 

E a comunicação é estratégica para impulsionar esse tema. 

O texto acima foi produzido por um parceiro Dialog, tendo seus direitos reservados. A Dialog não se responsabiliza pelo conteúdo deste artigo, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.

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