O mês de junho é marcado pela celebração do orgulho LGBT+, termo que representa lésbicas, gays, bissexuais, transgênero e demais orientações sexuais e identidades de gênero. O movimento norte-americano contra a repressão, iniciado nesse mesmo mês em 1969, ganhou corpo ao longo do tempo e hoje está nas agendas de Diversidade e Inclusão e da cultura corporativa.
O motivo? Mesmo com o aumento da visibilidade da causa e a conquista de espaços pelas pessoas, muitos dos profissionais ainda não se sentem confortáveis em se assumir no ambiente de trabalho. O receio de represálias e preconceito inibe uma relação completa com a empresa, impactando o desenvolvimento do colaborador e o desempenho das atividades.
Cultura corporativa pró-diversidade (de verdade)
Um estudo do LinkedIn mostra que para 82% dos entrevistados LGBT+ “ainda falta muito” para um melhor acolhimento por parte das empresas. Primeiro passo, portanto, é garantir um ambiente no qual esses profissionais se sintam à vontade para ser quem são, repudiando e punindo toda forma de preconceito.
É preciso garantir a verdade na intenção de tornar o ambiente de trabalho acolhedor para os colaboradores LGBT+. De modo a não apenas “surfar a onda” do mês do orgulho em campanhas internas, mas transformar o discurso em ações reais no dia a dia. Com intenção genuína é que uma cultura corporativa se torna sólida.
Tendo isso em mente e com o apoio da liderança, é hora de colocar a mão na massa. Mentorias individuais ou em grupo, palestras abertas de conscientização sobre o tema e oportunidades de desenvolvimento e crescimento de carreira são alguns caminhos.
O benefício de aplicar práticas inclusivas é uma via de mão dupla. O colaborador se sentirá mais confortável e renderá mais, e a empresa colherá resultados positivos no final do mês. De acordo com a McKinsey, companhias com times executivos diversos têm 33% mais chances de serem lucrativas.
Pesquisas comprovam!
De acordo com o estudo realizado pela OutNow, apenas 1 a cada 3 pessoas LGBT+ no Brasil fala abertamente sobre sua identidade de gênero ou orientação sexual no trabalho. Já o LinkedIn trouxe estatísticas mais animadoras: metade dos profissionais já se assumiram no ambiente corporativo e outros 25% já contaram para um colega, pelo menos.
Os entrevistados da pesquisa feita pelo Linkedin que não contaram abertamente sobre sua orientação sexual disseram o motivo de não compartilhar essa informação:
- 32% relataram não ser assumidos para ninguém (dentro e fora do trabalho);
- 22% por medo de represálias por parte de colegas.
O estudo ainda mostra que 35% dos entrevistados afirmaram já ter sofrido algum tipo de discriminação no trabalho, seja velada ou direta.
Complementar a isso é um triste dado vindo da pesquisa da OutNow. Ele mostra que, dentre os 11 países analisados, o Brasil é o campeão em homofobia no trabalho, com 68% dos colaboradores homossexuais relatando já ter ouvido algum tipo de comentário preconceituoso.
A mesma pesquisa mostra que 75% dos assumidamente declarados acreditam que são mais produtivos contra 46%, referente àqueles que não falam sobre o assunto. Nesse sentido, é importante olhar para aqueles que não se assumiram porque o ato de “se esconder” pode afetar em cheio a saúde mental, impactando diretamente na sua produtividade.
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