A quinta edição do Dialog Connection, evento de Comunicação Interna exclusivo para convidados, parceiros e clientes, aconteceu presencialmente em São Paulo na última sexta-feira (20).
Com painéis sobre uso de dados na Comunicação Interna e case de sucesso em engajamento, o evento contou com mais de 100 pessoas presentes. Neste artigo, você confere o resumo desta edição.
Dialog: HR Tech #1 e índice de engajamento
Hugo Godinho, CEO na Dialog, abriu o evento compartilhando as novidades da recém-eleita maior HR Tech na categoria Engajamento, Performance e Cultura do Brasil que, pelo terceiro ano consecutivo, manteve a posição de liderança em Comunicação Interna no país.
A Dialog foi reconhecida pelo 100 Open Startups e está entre as 15 maiores de 2023, ficando na 13a posição no ranking geral que reúne mais de 4.000 startups inscritas.
Além disso, a programação do evento também contemplou o lançamento do Índice Dialog de Engajamento, apresentado ao público por João Gino, CTO e CPO, e Jessica Block, coordenadora de Produto.
Esse recurso, que será disponibilizado aos clientes em breve, vai além de métricas superficiais como curtidas, comentários e acessos, oferecendo uma visão integrada e multidimensional do engajamento das pessoas.
Além de combinar dados quantitativos e qualitativos, o índice permite benchmarking e utiliza Inteligência Artificial para análises preditivas do comportamento dos colaboradores.
Tudo isso proporcionará um entendimento rico da realidade da empresa e influenciará diretamente a saúde organizacional.
Mensuração: o primeiro passo em uma jornada de sucesso
Para falar sobre mensuração na Comunicação Interna, o Dialog Connection recebeu representantes de 3 grandes agências: Adriano Zanni (InPress Porter Novelli), Kerlin Dutra (HappyHouse) e Marcelo Rouco (Dale). Assista na íntegra no vídeo abaixo.
O bate-papo começou com a seguinte pergunta: “Como a mensuração da Comunicação Interna contribui para a tomada de decisão no negócio?”. A partir dessa reflexão, Kerlin Dutra explica que os profissionais de CI estão vivendo um momento único na profissão e enaltece a importância de usar e analisar os dados na área.
“Como usá-los [dados] no nosso dia a dia? Como levar essas informações para o nosso C-level, nosso board? Como nos conectar e nos transformar em consultores de negócio e não apenas ser uma área de comunicação que faz campanhas em datas comemorativas? A gente é muito mais do que isso”, pondera.
A diretora de Planejamento e Conteúdo na HappyHouse também comenta sobre um movimento que visa à unificação da definição de engajamento, que antes variava de empresa para empresa ou agência para agência.
Adriano Zanni, diretor de Comunicação Interna e Transformação Organizacional na InPress Porter Novelli, reforça que a dúvida sobre como mensurar ações em CI é algo que acompanha os profissionais da área há muito tempo. “Acho que a primeira distinção que temos que fazer é a de métrica de processo e métrica de resultado”, reflete.
Ele ainda fala sobre a necessidade de ter frequência e pertinência na mensuração em Comunicação Interna, destacando que é preciso ir além e dar profundidade à análise.
“Se a gente não olha para esses indicadores que são os ROIs estratégicos, a gente não está sendo estratégico na Comunicação Interna, a gente não está comprovando [o viés estratégico] para o C-level”, diz.
Falando em viés estratégico, Marcelo Rouco frisa que prová-lo perante o conselho das empresas ainda é um grande desafio para a Comunicação Interna.
“Acho que quando a gente tem tantos dados na mão para conseguir trabalhar, a gente consegue se mostrar mais estratégico para um board ou para quem for aprovar budgets”, provoca o CEO na Dale.
Marcelo também comenta que a área de CI, provavelmente por contar com equipes pequenas e ter muitas demandas, costuma olhar os relatórios e não analisar propriamente os dados.
Por fim, Kerlin complementou o ponto ao abordar uma atuação mais on time por parte da Comunicação Interna, que deve usar os dados constantemente para entender o que vem dando certo ou o que pode ser melhorado. Ela ainda imputa aos dados um grande papel no planejamento, que deve deixar de ser construído a longo prazo e se tornar algo mais presente, podendo sofrer alteração a qualquer momento.
Leia também
- Uso e análise de dados na Comunicação Interna para engajar, baixe o material
- Métricas de Comunicação Interna para C-levels; baixe o material
- ROI da Comunicação Interna começa com estratégia data-driven
Espaçolaser: case de sucesso em engajamento
Manoel Lima, gerente de Comunicação Interna na Espaçolaser, foi o responsável por apresentar o case de sucesso em engajamento da empresa. Ele, que chegou à organização em 2021, contou que na época não havia uma área de CI estruturada.
“A gente tem buscado fazer uma transformação tanto na cultura quanto no entendimento que a própria companhia, a alta liderança e o colaborador têm do papel da área de Comunicação Interna enquanto estratégia para o crescimento sustentável”.
Esse movimento se reflete nas atividades da área. Em análise das comunicações feitas pela empresa, 84% visavam informar os colaboradores enquanto 6,3% tinham o propósito de engajá-los. De acordo com o gerente, esse percentual tende a aumentar no futuro.
Além disso, 81% das comunicações foram feitas no MundoE, plataforma multicanal desenvolvida pela Dialog e utilizada pela Espaçolaser. A solução foi consolidada como canal oficial da empresa.
Somente em agosto de 2023, o MundoE teve mais de 52 mil acessos entre quase 4 mil colaboradores. Contabilizando desde o início do ano, o número de acessos já passa dos 470 mil. A ferramenta conta com 86% de adesão por parte dos colaboradores.
Manoel conta que a ideia é, cada vez mais, inserir a Comunicação Interna na vida do colaborador desde o princípio da jornada.
“Ao ativar esse colaborador, a primeira informação que ele recebe é ‘Seja bem-vindo, esse é o seu acesso do MundoE’. A nossa intenção é que esse seja o primeiro ponto de contato, algo como: ‘Vem pra cá, comece a conhecer a companhia antes até da nossa reunião’”, explica.
Pensando nos profissionais de Comunicação Interna que precisam pedir ou defender investimentos na área junto à alta liderança e têm pouco tempo para convencê-la, Manoel compartilha uma dica valiosa: analise grupos bem-informados pelo trabalho de CI e sua produtividade.
“A hora que a gente conseguir mostrar aos níveis de C-level e a todas as pessoas que tomam decisão na companhia o quanto a informação no tempo certo para esse time faz o ponteiro de negócio mudar, faz as pessoas chegarem de fato no resultado de venda, que é o que importa para a companhia, a gente vai ganhar esse lugar de relevância e fazer com que a área de Comunicação Interna seja cada vez mais estratégica”, comenta.
A Espaçolaser, que tem buscado trabalhar cada vez mais o engajamento nas ações de Comunicação Interna, vêm desenvolvendo um programa de influenciadores internos a fim de aprimorar o clima organizacional e dar voz aos colaboradores.
Assista a apresentação de Manoel Lima na íntegra clicando no player abaixo.
Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário.
0 comentários