Quando pensamos em CEOs, imaginamos logo que suas prioridades giram em torno de números e resultados. Entretanto, hoje em dia, as pessoas que ocupam esse cargo devem olhar com muita atenção também para temas como engajamento, jornada e experiência do colaborador.
Por quê? Simplesmente porque esses assuntos, quando tornam-se práticas dentro das empresas, apontam positivamente para a saúde financeira. Prova disso é um estudo da Gallup, em que colaboradores engajados tornam as empresas 17% mais produtivas e 21% mais lucrativas. Além disso, equipes que pontuaram melhor em engajamento percebem uma redução de 41% no absenteísmo e 59% menos rotatividade.
A relação entre CEO, engajamento e experiência do colaborador
Como reforço aos dados apresentados acima, mostrando que qualquer CEO deve se preocupar com o engajamento e experiência do colaborador da sua empresa pois há impacto direto no negócio, apresentamos novas informações.
A IBM mostrou que empresas com experiência do colaborador (EX) superior possuem o triplo de retorno sobre ativos e o dobro de retorno sobre as vendas. De acordo com um estudo da Deloitte, organizações que investem de forma constante na experiência do colaborador apresentam 40% menos turnover e uma receita por colaborador 2.8x maior.
Só esses números já justificam a necessidade de um acompanhamento mais próximo do CEO nesses dois pontos, mas indo além, um ponto comum entre EX e engajamento é o cuidado com as pessoas, algo que vem sendo cada vez mais valorizado e até mesmo demandado pelos profissionais.
A humanização das lideranças, incluindo C-levels, se mostra cada vez mais necessária. A pauta vem ganhando espaço nas organizações e líderes estão reconhecendo isso.
E a cultura organizacional?
Segundo a McKinsey, os desafios com pessoas e cultura organizacional representam 72% das barreiras para o sucesso nas organizações. A cultura é vista como o aspecto mais difícil de se acertar em uma empresa. Isso porque ela muitas vezes é tratada como um quadro de missão, visão e valores e não como a base de crescimento e sustentação de uma companhia.
Segundo a “Global Culture Survey 2021”, da PwC, a cultura tem papel fundamental na competitividade de uma organização e 67% dos respondentes afirmaram que os líderes olham para esse pilar.
Outro dado interessante vem da “Gente em Perspectiva”, pesquisa da Falconi, que apontou que 21% precisam construir um trabalho de cultura organizacional.
Leia também:
- Entenda como a cultura organizacional agrega vantagem competitiva às empresas
- Cultura organizacional: como ajustar o efeito de mudanças e incertezas
Sendo assim, CEOs devem ser exemplo para os colaboradores e se portarem como reflexo da cultura organizacional.
Além disso, devem acompanhar o trabalho que é feito para sustentar e divulgar essa cultura, porque o propósito vem sendo um grande diferencial e propulsor no trabalho de profissionais: pessoas se engajam e se esforçam mais quando se identificam com a causa.
Essa identificação de propósito vem com o alinhamento com a cultura, que deve ser trabalhada em diversas frentes: pela Comunicação Interna, pelo RH e pela liderança em geral.
Comunicação Interna entra no jogo
Depois de entender o porquê CEOs devem se preocupar com engajamento, experiência do colaborador e cultura organizacional, chega a hora de definir quem serão os aliados da liderança para que seja viável esse acompanhamento.
Sem dúvidas, a grande aliada será a Comunicação Interna, que – dentre suas funções estratégicas dentro da organização – busca ajudar no desafio de engajar pessoas e contribuir para uma experiência do colaborador mais positiva.
O reconhecimento desse viés estratégico da área de CI por parte de CEOs vem crescendo. De acordo com a pesquisa “Tendências em Comunicação Interna 2022”, feito pela Aberje e Ação Integrada, o percentual de relevância da área perante esse público cresceu de 83% a 88% em um ano.
Segundo o estudo “The Multi-Million Dollar Impact of Communication on Employee & Customer Experience”, feito pela Poppulo exclusivamente com pessoas C-suite (cargos de alto escalão), 67% dos entrevistados afirmaram que a ausência ou uma Comunicação Interna ruim impactou negativamente o sucesso de iniciativas importantes para o negócio.
Os respondentes também afirmaram que o custo dessa CI ruim ou a falta da área vem custando cerca de 19 milhões de dólares por ano. Olhando para a União Européia e EUA, o valor pode variar entre 5 e 50 milhões, enquanto no Reino Unido o prejuízo fica entre 4 e 45 milhões de libras.
É importante salientar que esse valor se refere apenas às iniciativas específicas do negócio, não levando em consideração o impacto na produtividade e na perda de colaboradores.
Por isso, para 2023 em diante, CEOs precisam valorizar a importância dos tópicos citados (engajamento, EX, CI e cultura) para o resultado do negócio.
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