Tendências de Comunicação Interna 2025 e como aplicá-las

por | 03/02/2025 | Boas Práticas, Comunicação Interna

Quais são as tendências de Comunicação Interna 2025? Esse foi o tema principal do primeiro episódio do Dialog Experts, novo projeto que convida especialistas do mercado de CI para debater sobre assuntos relevantes para profissionais da área.

As convidadas da vez foram Flávia Rios, CEO na Rede Comunicação, e Kerlin Dutra, diretora de Planejamento e Conteúdo na HappyHouse. Além de falarem sobre as tendências propriamente ditas, elas debateram como identificar quais delas são realmente aplicáveis em cada empresa e o que faz sentido ser colocado em prática.

Você pode assistir ao conteúdo na íntegra clicando aqui.

Antes das tendências de Comunicação Interna 2025, os aprendizados

Antes de falar sobre quais são as tendências de Comunicação Interna 2025, as entrevistadas responderam quais são os maiores aprendizados dos últimos anos que não podem ser esquecidos por profissionais de CI que querem desenvolver uma atuação estratégica neste ano.

Para Kerlin, estar em movimento e em desenvolvimento contínuo para acompanhar as mudanças do mercado de Comunicação Interna é um aprendizado, a flexibilidade e o jogo de cintura também foram habilidades adquiridas.

Ela ainda cita que a área de Comunicação Interna vem ganhando cada vez mais relevância e trabalhando junto à liderança e a c-levels para atrair e reter talentos. Além disso, entender e lidar com a liderança comunicadora também foram aprendizados importantes para profissionais de CI

“Treinar líderes e estar ao lado deles como profissional de Comunicação Interna, apoiando e instrumentalizando, é o que vai fazer com que essa comunicação se torne mais forte e mais eficaz.”

Flávia complementa citando que, mesmo com a resistência de alguns, os profissionais de CI devem adotar e usar dados em seu dia a dia. Segundo ela, é fundamental ter proximidade com o board executivo e garantir um assento estratégico nessa mesa. Porém, Flávia ressalta que esse lugar só é conquistado a partir do momento que a Comunicação Interna se posiciona como uma área verdadeiramente estratégica.

“Então, para que eu seja estratégica, não adianta eu chegar lá e falar ‘ah, eu sou de humanas e não sei de números’. Você precisa saber da estratégia da empresa, dos números que regem a empresa, precisa entender a meta que está ali colocando o CEO para caminhar.”

Agora sim, as tendências

A diretora da HappyHouse começou chamando a atenção para temas relacionados ao bem-estar do colaborador, como felicidade corporativa e saúde mental, que — segundo ela — devem ser apoiados pela Comunicação Interna.

Kerlin também citou a sustentabilidade e enfatizou que a área deve trabalhar na divulgação de iniciativas desenvolvidas pela empresa a fim de que haja ciência e conscientização por parte dos colaboradores.

A autenticidade foi outro ponto citado pela diretora, que explica que cada organização possui necessidades próprias e que não é possível fazer um simples “copia e cola” que funcione para todas as empresas.

No âmbito de canais e conteúdo, Kerlin considera que, em 2025, a tendência é seguir uma estratégia de menos canais, mas mais eficazes. Ela cita que muitos clientes da HappyHouse fizeram a revisão dos canais usados no último ano.

“[A tendência é] ter poucos e efetivos canais de Comunicação Interna que atinjam todo o público interno com agilidade.”

Já em relação ao conteúdo, ela sugere que times de CI façam uma curadoria de informações relevantes para o público — incluindo comunicações sobre a cultura organizacional, que precisa ser forte para manter a companhia estável e a marca empregadora.

A CEO na Rede Comunicação citou a tecnologia, humanização e personificação das comunicações como tendências.

“Já estamos vivendo em uma sociedade de comunidades, estamos cada vez mais com os fandoms, essas comunidades de fãs… E dentro das organizações, isso não é diferente. Acho que de todas essas temáticas [citadas por Kerlin], como é que a tecnologia vai nos ajudar a ter comunicações mais efetivas, assertivas e personificadas? (…) A tecnologia é uma parceira fundamental para isso, para segmentar, para dar dados, para orientar.”

Ela ainda afirma que com o avanço da tecnologia, as pessoas querem se sentir únicas, valorizadas e representadas. Por fim, Flávia analisa que vivemos na era dos criadores de conteúdo, sendo assim, o uso de influenciadores internos — que vem crescendo nos últimos anos — se intensifica neste ciclo.

O que faz sentido para a organização?

Ok, você já entendeu quais são as tendências de Comunicação Interna 2025, mas como fazer o filtro do que faz ou não sentido aplicar na sua empresa?

Para Flávia, é o “velho e bom” diagnóstico. Ela cita como exemplo que a Rede e HappyHouse, mesmo sendo duas agências de comunicação, são empresas diferentes que têm necessidades e estratégias distintas. O mesmo se aplica para cada área de CI.

“Temos que sentar, entender, diagnosticar, pegar dados e números, conversar com os influenciadores oficiais e não oficiais”, explicou a CEO.

Kerlin corrobora o ponto e explica que existem diferentes formas de fazer esse diagnóstico, inclusive por canais de CI que entregam dados para acompanhamento em tempo real.

Além disso, conhecer o público interno é um passo fundamental para entender se a tendência é aplicável, segundo a diretora da HappyHouse. O terceiro filtro a ser feito é analisar se a tendência conversa com a cultura da organização. 

Conhecer a estratégia do negócio, entender os objetivos e as metas organizacionais, também ajudam profissionais de Comunicação Interna a filtrar tendências.

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial é, certamente, um dos temas mais discutidos por profissionais de Comunicação Interna nos últimos dois anos. Em 2025, o uso da tecnologia deve se intensificar, mas ela chega para roubar empregos? Flávia explica que não.

Ela reflete que as conversas atuais passaram da fase do “usar ou não usar” para o “como fazer essa adaptação”, mas que a IA não vem para substituir o que é único do ser humano.

“A Inteligência Artificial é isso: um grande suporte e um grande auxiliar que vai revolucionar — já está revolucionando — o que a gente vem fazendo. Mas não substitui o humano, e a Comunicação Interna tem muito do humano, tem muito do olho no olho. Quantas pessoas permanecem na organização não por causa do salário, mas porque acreditam naquilo, porque acreditam em alguém”, comentou Flávia.

Kerlin, que se considera entusiasta da IA, enxerga a tecnologia como uma parceira que traz agilidade na operação, enquanto a estratégia e a condução são humanas.

A diretora explica que a IA chega para dar suporte às equipes, normalmente enxutas, para justamente ganhar agilidade no dia a dia — seja produzindo um conteúdo ou colhendo insights de reuniões, por exemplo.

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Dicas

As especialistas compartilharam dicas para profissionais de Comunicação Interna a fim de que a área seja reconhecida por sua importância e seu impacto no negócio.

Flávia cita: conhecer o público interno é essencial para entender quais são os melhores canais e formatos no intuito de compartilhar mensagens relevantes para os colaboradores. Outro ponto é conhecer as metas e a estratégia da empresa, de forma que a área complemente tudo isso.

Além dos pontos citados, Kerlin aponta que times de CI devem conhecer a cultura organizacional, monitorar dados e estar em constante desenvolvimento. Por fim, ela recomenda que esses profissionais assumam uma postura mais estratégica e busquem trabalhar junto a c-levels e diretorias.

“Um profissional que sabe se comunicar, conhece e define a estratégia de comunicação com pessoas é fundamental. Então, se posicione dessa forma”, finalizou Kerlin.

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Assinatura Marcela hub nova

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