O que será que as mais recentes pesquisas de Comunicação Interna têm a dizer sobre o cenário da área em diferentes contextos? A Comunicação Interna protagonizou grandes mudanças nos últimos anos, deixando de ser vista por muitos como “mero suporte” e ganhando reconhecimento no impacto que tem diante dos resultados da organização.
Não é à toa que o número de pesquisas feitas sobre temas relacionados ao universo de CI, como engajamento e experiência do colaborador, cresceu significativamente. Esses dados ajudam as equipes a entender tendências, a descobrir como ressaltar seu viés estratégico e até mesmo a buscar mais investimentos para a área.
Neste artigo, compilamos os principais destaques das pesquisas mais recentes! Continue a leitura e veja o que esses estudos revelam sobre a Comunicação Interna das empresas no Brasil e no mundo.
Pesquisas de Comunicação Interna e o sonhado engajamento
Uma das pesquisas mais importantes para profissionais de Comunicação Interna, a State of the Global Workplace, feita pela Gallup, analisa o engajamento e o bem-estar dos colaboradores em nível global.
É importante que times de CI tenham esse cenário claro para entender se a realidade na organização segue um padrão mundial e, em caso de necessidade de melhorias, o que pode ser feito.
O estudo apontou que 31% dos colaboradores brasileiros entrevistados estão engajados, o que representa um aumento de 3% em comparação com a edição anterior. Analisando em nível mundial, são apenas 23% de profissionais engajados.
E mais! O alto percentual de profissionais desengajados ou altamente desengajados tem um custo significativo para a economia global: US$8.9 trilhões, o que corresponde a 9% do PIB mundial.
A Gallup também comparou pontos cruciais para o negócio em empresas com altos e baixos níveis de engajamento, trazendo insights valiosos para times de CI e RH. Organizações mais engajadas possuem:
- Absenteísmo 78% menor;
- 51% a menos de turnover (em empresas com rotatividade baixa);
- 21% a menos de turnover (em empresas com rotatividade alta);
- Índice de furto ou roubo 26% menor;
- 63% a menos de acidentes;
- Produtividade (vendas) 17% maior;
- Lucro 23% maior.
Um outro estudo, dessa vez feito pela Gupy, mostra números mais animadores sobre o panorama do engajamento no Brasil no último ano. Veja:
Créditos: Gupy
O gráfico acima mostra que o percentual de colaboradores engajados e altamente engajados se manteve acima dos 80% ao longo de 2023.
É importante lembrar que os conceitos de engajamento nas duas pesquisas acabam não sendo exatamente os mesmos, nem os entrevistados. Mesmo assim, é interessante analisar os dados e refletir sobre qual é a realidade mais próxima da sua organização.
Um fato já conhecido, e comprovado pela pesquisa da Gupy, é a relação direta entre desligamento voluntário e engajamento: quanto maior o engajamento, menor o turnover (e vice-versa).
Por fim, uma pesquisa de 2023 (mas ainda muito atual) da Simpplr trouxe dados relevantes sobre o público operacional, cujo alcance é uma das maiores dores da Comunicação Interna em grandes empresas.
O dado mais chocante do estudo é que 40% afirmam que se comunicam com times operacionais apenas uma vez por semana, o que coloca esses profissionais em clara desvantagem em comparação com aqueles que trabalham nas áreas administrativas.
Além disso, 54% assumem que a falta de engajamento operacional impacta na produtividade e nos resultados da empresa. Além disso, mais de 30% admitem que falta tecnologia para engajar adequadamente esse público.
Esses números reforçam a necessidade de uma estratégia digital de canais de Comunicação Interna para trabalhar o alcance, o senso de pertencimento e a experiência do colaborador operacional, indicadores que resultam no aumento do engajamento e, consequentemente, na produtividade.
Leia também:
- Como engajar a equipe com uma plataforma de Comunicação Interna
- TV corporativa: por que ela não é suficiente para engajar o público operacional
As equipes, os desafios e as tendências
A Aberje lançou em abril a quinta edição do estudo “Tendências da Comunicação Organizacional”, que mostra as principais tendências da área da comunicação corporativa tanto para 2024 quanto para os próximos anos.
Para começar, as equipes seguem enxutas: 55% dos respondentes estão em times de Comunicação Interna com até 5 pessoas e somente 9% afirmaram que o quadro deve aumentar neste ano.
Inclusive, os próximos anos devem ser marcados pelo desenvolvimento de algumas habilidades. De acordo com os entrevistados, as mais relevantes para os profissionais de CI serão:
- Adaptabilidade às novas tecnologias;
- Aprendizado contínuo;
- Capacidade de mensuração e demonstração de retorno financeiro;
- Criatividade e inovação;
- Flexibilidade e adaptabilidade à mudanças;
- Capacidade de lidar com a complexidade.
Enquanto isso, as equipes possuem necessidades de desenvolvimento atuais, sendo as mais citadas:
- 64%: pesquisa e mensuração (controle; métodos e ferramentas; monitoramento etc.);
- 58%: gestão de canais e ferramentas de comunicação (publicações impressas; canais audiovisuais; canais digitais; mídias sociais etc.).
Os profissionais da área estão também em times cada vez mais tecnológicos: 54% já usam plataformas de Comunicação Interna, 51% utilizam redes sociais corporativas e 45% possuem versão mobile do canal de CI.
Além disso, ferramentas de Inteligência Artificial generativa também já fazem parte do cotidiano da área de Comunicação, sendo 73% delas destinadas à produção de texto e 59% à geração de insights.
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Pesquisas de Comunicação Interna e os dados
Para terminar, não poderíamos deixar de falar sobre uma das maiores revoluções na área de CI dos últimos anos: o uso e a análise de dados. De acordo com o State of the Sector 2024, 47% dos comunicadores internos usam a mensuração para influenciar a liderança e 20% afirmaram que o processo de mensurar é contínuo.
A finalidade dos dados também se mostra mais ampla, englobando cálculo de retorno de investimento, revisão da estratégia de canais e até mesmo criação de conteúdo. Essa postura ilustra bem a guinada da Comunicação Interna rumo ao modelo data-driven.
O estudo também concluiu que 84% dos profissionais desejam mensurar com mais frequência e/ou de forma mais abrangente. Pensando nesses desejos e nessas necessidades, a Dialog oferece uma plataforma robusta que traz um dashboard com mais de 50 indicadores (o dobro do que oferecia a solução da Meta, por exemplo!).
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