Quais são as tendências em Comunicação Interna para 2023? Com um novo ano se aproximando, as empresas mergulham na reflexão de como melhorar o desempenho e os resultados nos próximos 12 meses. Essa reflexão, para ser bem sucedida, precisa vir acompanhada de planejamento. Contudo, como é possível planejar a Comunicação Interna e o que merece destaque nessa estratégia?
Foi justamente sobre isso que conversaram Hugo Godinho, CEO da Dialog, Hellen Marcolino, Head de Comunicação Interna e Employer Branding da RD Station, e Elisandra Rockenbach, Analista de Comunicação da Vocali, em um webinar que abordou as principais tendências da área para o ano que vem.
Confira a seguir três pontos que se destacaram nesse bate-papo.
1. Estruturar a Comunicação Interna é fundamental
Na hora de colocar na ponta do lápis tudo aquilo que a empresa precisa fazer para alcançar seus objetivos, o que não pode faltar? Essa é a pergunta que muitos profissionais tentam responder na hora de planejar o ano seguinte.
Para Hellen Marcolino, contudo, antes de pensar o que não pode ficar de fora, é necessário ter consciência sobre a realidade da empresa. “Nós precisamos conhecer a empresa e entender qual é o nível de maturidade da comunicação onde trabalhamos, de forma bem consciente e bem sã. Só assim será possível analisar, depois, o que é ou não aplicável dentro dessa realidade”, explica.
Depois de passar por esse processo de conscientização, aí sim é possível colocar o planejamento em prática. “Para mim, o que não pode faltar é a comunicação onipresente. Muitas empresas possuem um modelo de trabalho híbrido ou remoto, então precisamos avaliar se a comunicação está atendendo essa necessidade. Além disso, é fundamental que a comunicação exista de forma assíncrona, porque precisamos entender que ela não será absorvida necessariamente no mesmo momento que foi enviada. Isso está muito relacionado aos canais que a empresa escolhe para compartilhar essas mensagens”, defende a Head de Comunicação Interna e Employer Branding da RD Station.
E por falar em canal de comunicação, o CEO da Dialog ressaltou que é papel dessa ferramenta viabilizar que essa integração – tanto de conteúdos quanto de pessoas – aconteça. “As empresas precisam entender como é, de fato, a jornada do colaborador. Por isso, ter a possibilidade de medir essa experiência e trabalhar a partir de métricas é fundamental. Nós temos um universo maravilhoso nesse sentido! A Comunicação Interna precisa ser personalizada, mas isso só é possível depois de conhecer esses dados”, diz Hugo Godinho.
2. Incentivar os embaixadores internos é importante
Engajar os colaboradores é importante por muitos motivos! Um deles diz respeito ao fortalecimento da marca empregadora e à conexão entre esses profissionais e a cultura organizacional. Quando falamos em engajar os colaboradores, estamos falando também em identificar quais são as potenciais vozes da empresa – ou melhor: os embaixadores internos. Conhecer essas pessoas e saber como incentivá-las a participar mais ativamente é fundamental para a construção da comunicação e o amadurecimento da marca. Mas como dar o primeiro passo?
“Antes de chegar a esse ponto de convidar as pessoas a compartilhar suas experiências positivas, a empresa precisa ter um EVP muito bem estruturado. Afinal, essas pessoas embaixadoras estão intimamente relacionadas à conexão que têm com a empresa”, acredita Hellen Marcolino.
Na mesma direção, Hugo Godinho ressalta a importância de acompanhar a jornada do colaborador para despertar o engajamento esperado dentro das empresas. “Por isso é importante contar com ferramentas capazes de olhar para esse processo como um todo, conhecendo a persona, identificando os embaixadores internos e reunindo em um único lugar tudo o que esse colaborador precisa para se informar e se expressar. Os canais de comunicação precisam ser abrangentes para que a jornada desse profissional aconteça de forma fácil, fluida e orquestrada”, ressalta o CEO da Dialog.
3. Formar lideranças comunicadoras é urgente
Na hora de construir o planejamento da Comunicação Interna da sua empresa, lembre-se de trazer o protagonismo para as lideranças. Contar com gestores engajados é fundamental para despertar o engajamento das equipes. “Ter o líder como um aliado é extremamente importante dentro da comunicação. É essa liderança que pode se certificar se a comunicação feita pela empresa foi ou não eficaz. Até porque, a área de Comunicação Interna não pode trabalhar sozinha nas organizações”, explica Hellen.
Para Hugo, o papel da liderança na Comunicação Interna precisa impulsionar os canais de comunicação. Em uma realidade digital, na qual os colaboradores muitas vezes estão dispersos, seja pelas diferenças geográficas ou pelos processos internos, o gestor precisa atuar como propagador do comportamento que se espera na empresa. “O Dialog é utilizado por mais de 120 empresas e possui mais de meio milhão de colaboradores cadastrados. Em meio a esse universo, nós vemos que marcas que possuem lideranças ativas e comunicadoras conseguem promover o engajamento na plataforma com muito mais facilidade”, conta o CEO.
Muito mais do que o de chefe, a liderança precisa exercer o papel de condutor dos propósitos da marca. Sobretudo diante de realidades cada vez mais digitais, o desafio desses gestores é conectar as equipes à cultura organizacional e fazer com que essas pessoas se sintam motivadas a conquistar resultados cada vez melhores. Nesse sentido, a comunicação é um fator primordial e precisa ser desenvolvida pela liderança. Afinal, é apenas por meio dela que pode haver alinhamento de expectativas – o que nos leva ao cumprimento do que foi previamente planejado.
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