Realizada pela Employer Branding Brasil e correalizada pela Dialog, a 3ª edição da Maratona EB aconteceu no dia 20 de setembro em modelo híbrido. No formato presencial, o evento recebeu os inscritos na sede do IED (Istituto Europeo di Design) em São Paulo e permitiu que os presentes participassem de oficinas exclusivas.
Sendo o maior evento de Employer Branding da América Latina, a Maratona EB abordou principalmente estratégias de atração e retenção de talentos. Além disso, recebeu convidados especiais que compartilharam diversos insights capazes de fortalecer a marca empregadora das organizações.
Registramos os principais momentos desse encontro incrível! A seguir você confere um pouquinho do que rolou em cada apresentação, mediada por Caio Infante e Suzie Clavery, cofundadores da EBB.
A experiência do candidato importa (e muito!)
Estreando as apresentações do dia, Tatiana Sayuri Kagawa, Talent Strategy Advisor da Indeed & Glassdoor, trouxe a seguinte reflexão: como, além de atrair, a empresa consegue reter os talentos na organização?
“Enquanto eu trabalho, eu quero sentir que eu estou me realizando. Eu quero sentir que esse trabalho se conecta com meus valores, com meus propósitos e com o meu objetivo de vida. Por isso, já não basta ter um salário justo. O colaborador quer ir além, quer sentir que a empresa contribui para o seu crescimento”, explica Tatiana.
Nesse sentido, a comunicação é muito importante para que a experiência de colaboradores e candidatos seja aprimorada durante todo o processo. “É por meio dela que conseguimos contar uma história! As empresas precisam entender que a experiência do profissional começa muito antes da candidatura. Comunicar-se com sinceridade, honestidade e empatia é fundamental. Até porque transparência é tudo! As organizações precisam criar expectativas claras e reais em quem pretendem atrair e reter”, completa a Talent Strategy Advisor da Indeed & Glassdoor.
Não se constrói um EVP da noite para o dia
Para falar sobre Employer Value Proposition, a Maratona EB recebeu Thaís Almas, Talent Acquisition Leader da Sodexo, e Miriam Marcilio, Coordenadora de RH e especialista em Employer Branding da Fleury. Ambas as empresas passaram por um longo processo de estruturação de EVP e compartilharam um pouco desse trabalho com o público.
Miriam Marcilio conta que o processo de criação do EVP da Fleury levou quase um ano para ser finalizado, mas ressalta que viver cada uma das etapas foi muito importante. “O mais legal é ver como o conceito se conecta com a empresa e fazer com que o colaborador se enxergue ali também. Para isso, foi fundamental um trabalho de ativação com a Comunicação Interna a fim de mostrar aos colaboradores o valor da marca empregadora. Afinal, eles são os nossos embaixadores”, conta.
Apesar de ser um processo longo e desafiador, Thaís Almas ressalta que investir na elaboração de um EVP vale a pena. “O EVP traz mais clareza para o colaborador, fazendo com que ele identifique os valores da empresa e entenda como suas individualidades serão atendidas dentro da organização. Além disso, o EVP também pode reforçar o engajamento, refletir na experiência do candidato e melhorar essa jornada tanto na atração quanto na retenção de talentos”, defende.
Employer Branding e Comunicação Interna têm tudo a ver
Pode não parecer, mas essas estratégias estão muito conectadas! Para falar sobre esse tema, o evento recebeu Fabiano Rangel, Head de Desenvolvimento Organizacional e Institucional da Leão Alimentos e Bebidas, e Tânia Oliveira, Coordenadora de Marca e Engajamento da Arteris.
A presença desses profissionais foi fundamental para mostrar como a Comunicação Interna está diretamente relacionada às estratégias de Employer Branding, aprimorando a experiência do colaborador a fim de construir uma marca empregadora coerente e capaz de se conectar tanto com o público interno quanto com o externo.
A Dialog fez uma cobertura especial da apresentação desses cases, que trazem insights valiosos para quem quer descobrir os benefícios da digitalização. Para conferir o conteúdo completo, clique aqui!
O metaverso nos processos de seleção
Já pensou em participar de um processo seletivo no metaverso? Isso já é realidade! Para falar sobre essa nova forma de se relacionar com os candidatos e melhorar a experiência de quem está buscando alternativas no mercado de trabalho, Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios, e Jéssica Gondim, Gerente de Projetos, marcaram presença na Maratona EB.
Para Tiago Mavichian, o metaverso pode ser um grande aliado do RH na hora de estruturar as etapas de seleção e se relacionar com as pessoas interessadas. “O metaverso permite, por exemplo, a centralidade no candidato. E tudo o que melhora a experiência das pessoas pode gerar mais engajamento e trazer resultados mais satisfatórios”, comenta, enfatizando a possibilidade de colaboração e interação entre as partes.
O discurso precisa chegar lá fora e se sustentar aqui dentro
Se quando você compra um produto pela internet consegue recebê-lo no dia seguinte, por que alguém aceitaria esperar 90 dias para receber uma resposta de um processo seletivo? Essa foi a pergunta que Renan Vidmontas, Tech Talent Programs, Intelligence & Employer Branding Specialist da Mercado Livre, trouxe para reflexão durante sua participação no evento.
“Se a marca passa uma imagem positiva para o consumidor, essa imagem precisa ser refletida em sua marca empregadora”, defende Renan. Segundo ele, para que isso seja possível é fundamental que as áreas de uma empresa estejam alinhadas na construção desse propósito. “Quando o setor de Marketing e as áreas internas de uma organização entendem que o RH não é o único responsável pelo Employer Branding daquela empresa, tudo funciona!”, completa.
Teresa Sanches, Employer Branding & Internal Communication Coordinator da Creditas, também participou desse bate-papo e reforçou a importância de um alinhamento de comunicação. “É muito importante que o nosso discurso seja sustentado dentro e fora da organização”, destaca. “Para isso, é preciso ter uma estratégia por trás. Se você não sabe para onde está indo, você vai continuar patinando em estratégias que não dão resultado e não te levam a lugar algum”, diz.
Lugar de mulher também é em Tech
Embora ainda seja um mercado bastante desigual, a presença de mulheres na área de tecnologia vem crescendo bastante nos últimos anos. É o que mostra os dados do Banco Nacional de Empregos (BNE) e algumas iniciativas promovidas por empresas como a Amaro, onde 45% da equipe de Tech é formada pelo sexo feminino
Para apresentar esse projeto que visa incluir cada vez mais profissionais nesse mercado tão promissor, Érika Fagundes, Talent Acquisition & Business Partner Lead, e Giulia Passoni, Recruiter, compartilharam como a Amaro vem criando cada vez mais oportunidades para as mulheres que querem se desenvolver na área.
Érika Fagundes salienta a constância e o alinhamento nas ações da empresa. “A organização precisa se empenhar de forma multidisciplinar. O RH não faz nada sozinho! Para que a gente alcançasse esse resultado, o setor de Tech esteve muito envolvido”, explica.
“Sabemos que é um trabalho gradativo, por isso comemoramos a entrada de cada mulher no time de Tech. Às vezes 1% parece pouco, mas é esse número que nos deixa cada vez mais perto dos 50%, 60%, 70%, 80% e assim por diante”, celebra a Talent Acquisition & Business Partner Lead da Amaro.
Os programas corporativos precisam ser atrativos
É isso que defende Carmella Martinelli, Talent Attraction & Corporate Programs Manager da Ambev, que apresentou um case com foco em User Experience (UX). Em sua exposição, Carmella falou sobre a importância de realizar um trabalho intenso de análise de tendências dentro e fora do país. “Para descobrir como melhorar a experiência das pessoas dentro dos programas corporativos e processos seletivos, precisamos de metodologia e mapeamento de processos”, ressalta.
Segundo ela, a cronologia do funil de recrutamento precisa ser pensada para que a pessoa fortaleça seu relacionamento com a marca no decorrer dos anos. “Desde o momento do awareness até a etapa de hiring, a empresa precisa ter um plano. Na Ambev, esse plano começa lá na infância e caminha até a fase madura desse profissional, na qual ele está pronto para interagir com a empresa. Quando esse momento chegar, se seguirmos esse funil, esse profissional já terá um relacionamento com a marca”, explica a Talent Attraction & Corporate Programs Manager da Ambev.
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