Setembro é marcado pelo Dia Internacional da Comunicação Interna, comemorado no dia 30. A área, que cresceu e amadureceu consideravelmente nos últimos anos, tem muito a comemorar: sua atuação no planejamento, estratégia e resultados das empresas tem sido cada vez mais reconhecida.
Hoje, vamos dedicar este conteúdo a todos os CI lovers. Com carinho, vamos falar um pouco mais sobre a evolução da área e dos profissionais.
A era do suporte da Comunicação Interna passou
Cerca de 40 anos atrás, a Comunicação Interna começou sua jornada como coadjuvante nas empresas. Destinada a ser suporte, o trabalho da área acabou deixando de ter seu potencial e valor reconhecidos por muitas organizações.
Isso com certeza contribuiu para a desvalorização do trabalho de comunicadores internos, que aqui chamaremos carinhosamente de CI lovers.
Eles passaram a ser vistos como executores, com atuação operacional e pouco estratégica. Entretanto, esse cenário tem mudado.
O suporte ainda existe, mas o papel da Comunicação Interna vai além, se tornando (e se apropriando) protagonista no engajamento e experiência do colaborador, além de fortalecer a cultura organizacional e o employer branding.
Essa evolução vem acontecendo em ritmos diferentes nas empresas. Muitas delas ainda trabalham com modelos ultrapassados de CI, com o uso substancial de canais offline e a falta de permissão para que colaboradores sejam agentes ativos de comunicação.
Se a CI da sua empresa ainda se apoia nesse modelo ou não investe no potencial da área, é hora de mudar. Do contrário, a tendência é que ela fique para trás e não colha resultados transformadores.
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Profissional de Comunicação Interna não é mais o “patinho feio”
O estigma de “patinho feio” acompanhou o profissional de CI por muito tempo justamente pela visão simplista que as pessoas tinham sobre o trabalho desempenhado pela área.
Outro ponto que contribuiu para a construção dessa imagem foi a de olhares externos que julgam que fazer comunicação é simples e fácil.
Todos podem (e devem) ser agentes da comunicação, com voz e produção ativa de conteúdo. Entretanto, a área demanda um planejamento e estratégias para corroborar com os planos do negócio como um todo e até mesmo o trabalho de outros departamentos… e isso apenas o time de Comunicação Interna pode fazer.
O profissional de CI se tornou um grande estrategista dentro das empresas e, para desempenhar esse papel, é necessário adotar canais que otimizem seu tempo e trabalho.
Assim, é possível direcionar esforços para voos mais altos em Comunicação Interna e seguir rumo a um posto de grande relevância e impacto.
Em entrevista ao Dialog Talks, Cynthia Provedel (professora na ESPM e Aberje) citou algumas das competências e habilidades que a pessoa que quer ou já trabalha na área de Comunicação Interna deve ter: adaptabilidade, empatia e postura consultiva.
“O profissional de comunicação vai ter mais alcance, mais consistência, mais elementos para contribuir com os desafios organizacionais na medida que ele articular, transitar e ter uma desenvoltura em relação em como ele se relaciona no dia a dia”, afirma.
Gostou? Escute ao episódio na íntegra, só clicar no play:
O futuro é transformador
A Comunicação Interna está em constante evolução e seu profissional também deve buscar se atualizar: seja em novos tipos de canais, de tipo de linguagem ou discurso.
A tecnologia tem de ser considerada nos passos dados por todo CI lover, daqui em diante. Ao escolher ferramentas que otimizem seu trabalho e tempo, é possível investir mais esforços em outras iniciativas e ações que ofereçam, ao mesmo tempo, mais desenvolvimento profissional e impacto nos negócios.
Daqui para frente, a Comunicação Interna vai dar suporte aos seguintes desafios:
- novos modelos de trabalho;
- diversidade;
- modelos de negócios que exigem outro nível de engajamento;
- transformação digital;
- transformação da cultura organizacional;
- ESG;
- novas gerações no ambiente de trabalho.
“Não só as temáticas, mas o cunho estratégico que norteia essas temáticas vão demandar o nosso protagonismo e uma atuação cada vez mais consistente e robusta nas organizações”, aponta Cynthia Provedel.
Saber como trabalhar com Comunicação Interna pode resultar em maior engajamento e menor turnover (rotatividade). Usamos o termo “pode” porque CI não é a única responsável por isso, mas tem grande parcela no assunto. Isso porque a área é a ponte mais curta entre empresa e colaborador.
A Dialog festeja o mês da Comunicação Interna e acredita no potencial da área em transformar histórias, empresas, resultados e carreiras. Parabéns, CI lover! 🥳
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