Engajar colaboradores é o grande desafio para as empresas atualmente, como já falamos por aqui. Esse cenário se acentua quando os times administrativos e operacionais estão pulverizados em diferentes bairros, cidades, estados ou até mesmo países. Sendo assim, como promover o engajamento nesse tipo de situação?
Além disso, qual o papel do RH, Comunicação Interna e da digitalização nisso? Essas perguntas foram respondidas no quinto episódio da segunda temporada do Dialog Talks, que contou com a presença da Coordenadora de Marketing Institucional na Havan, Ana Maria Leal da Veiga.
Você pode assistir ao episódio na íntegra clicando no player abaixo.
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Segundo a coordenadora, a comunicação interna é um dos carros-chefe da empresa, que conta atualmente com 171 lojas espalhadas em 22 estados. A Havan conta mais de 22 mil colaboradores.
Logo no começo, a representante da empresa já mostrou a dimensão da importância da comunicação interna nas organizações e no desafio do engajamento.
“Ela (Comunicação Interna) tem que ser muito forte e importante para a gente manter nossos colaboradores engajados num único propósito”.
O obstáculo da distância para o engajamento
A distância é o único obstáculo em engajar colaboradores administrativos e operacionais espalhados? Para Ana Maria, não. Ela explica que, em algumas situações, o colaborador mais difícil de engajar é justamente aquele que está perto, nos setores administrativos.
“Às vezes temos colaboradores lá no Acre que estão super engajados com a companhia, super dentro da nossa cultura e podemos encontrar dificuldade em engajar colaboradores administrativos, que estão no nosso lado”.
Falando nisso, indicamos a leitura do material que preparamos com dicas para engajar times remotos!
A profissional explica que a distância física é, sim, um obstáculo, mas outro ponto que deve ser analisado é a liderança: quando ela está engajada, é mais fácil engajar o time como um todo.
“Quando a gente tem na loja gerentes que são engajados, é muito mais fácil a gente trabalhar [engajamento] esse colaborador”.
Rede social corporativa como solução
A Havan usa o Encantar, super app desenvolvido pela Dialog. Mas qual é o papel da ferramenta no engajamento de colaboradores tão espalhados?
Ana Maria explica que, antes do aplicativo, a empresa usava o e-mail, que acabava não dando voz ao colaborador e limitando os formatos de comunicação feitos pela companhia.
“Nosso colaborador não conseguia se comunicar com a gente, ele só recebia os recados que a gente mandava aqui do administrativo. E a comunicação mudou muito”.
Ela ainda comenta que o CEO da empresa é ativo no aplicativo, sempre publicando vídeos para conversar com os funcionários.
“A gente queria um app que permitisse conversar com o colaborador e ele poder responder, até para podermos ver o sentimento dele, engajá-lo mais ainda. E também para outras oportunidades [de comunicação], como lives e vídeos”
Você pode ler mais sobre o case de lançamento da Havan, que bateu recorde de adesão no primeiro mês, clicando aqui.
Ana ainda falou sobre como o super app Encantar é usado como suporte para ações de engajamento e comunicação.
“A gente faz campanhas dentro desse aplicativo para aumentar o engajamento, para trazer eles [colaboradores] mais pra rede. (…) Então eles postam, eles se veem ali na rede, a gente interage. Está sendo uma experiência bem bacana”.
Personalização engaja!
Os super apps desenvolvidos pela Dialog possuem vários itens personalizáveis, como cores, nome e reações. No caso da Havan, o nome Encantar, termo que já fazia parte do cotidiano da empresa, foi escolhido de forma estratégica.
“O objetivo que a gente quer com a nossa comunicação interna é encantar os nossos colaboradores. Então, pra mim, o nome foi perfeito e pegou muito rápido”.
As reações do app também são relacionadas ao cotidiano da empresa, como a estátua (símbolo da companhia) e o sino (item que também está presente nas lojas para comemorar conquistas e resultados).
A coordenadora explicou que levar elementos da rotina e realidade dos colaboradores para o canal de comunicação resulta no engajamento genuíno do público interno.
Cultura de engajamento na Havan
Como a Havan engaja milhares de pessoas? E qual o papel da Comunicação Interna e RH? Ana Maria explica como a comunicação tenta incluir sempre elementos da cultura organizacional em sua estratégia.
Ela complementa ao citar que a disseminação da cultura acontece antes mesmo da inauguração das novas filiais da empresa. Antes da inauguração, representantes da Havan treinam colaboradores da nova loja, que também fazem treinamentos em outras filiais. Segundo Ana, com isso, os novos membros “vão pegando nosso jeito de ser, além das partes técnicas”.
Veiga contou o caso da loja mais recente, em Primavera do Leste (MT). “Para a inauguração, a gente manda uma pessoa de endomarketing dias antes, que vai treinando e engajando esses colaboradores”.
A coordenadora ainda explica que o CEO vai a todas as inaugurações e faz um momento motivacional com os funcionários. “É sensacional eles verem o presidente falar tão próximo a eles. Então é um momento muito bacana, muito marcante”, afirma.
Depois de inaugurar, os colaboradores estão “aquecidos e dentro da cultura”. Outra prática da companhia é o Momento Havan, que deve acontecer pelo menos uma vez por semana em todas as lojas. Nele, a gerência conversa com os liderados, comunicando as diretrizes da empresa.
Além disso, a equipe entoa o grito de guerra da filial durante o Momento Havan. De acordo com Veiga, o refrão é padrão, mas o resto pode ser personalizado para cada loja. A iniciativa contribui para o engajamento e o reforço contínuo da cultura.
As datas comemorativas também são oportunidade para engajar. A empresa promove campanhas ou envia presentes para seus funcionários. Ela citou três relacionadas ao reconhecimento, que contribuem diretamente com o engajamento:
- Campanha do elogio: Existem urnas nas lojas e no administrativo para que colaboradores elogiem algum colega de trabalho.
- Dia do Trabalho: Em um café da manhã especial no administrativo, a liderança da empresa discursou e agradeceu os funcionários.
- Eu S/A: A ação começou internamente, mas atualmente também é publicada nas redes sociais da empresa. Nela, histórias de superação e desenvolvimento dos colaboradores são contadas.
“A gente está sempre fazendo esse engajamento. Nunca deixa isso cair. No Encantar, a gente faz sorteios. Sorteia camisetas de times, ingressos”.
Quem é responsável por essa sustentação na empresa é o Endomarketing, apoiada pelo RH. “A gente trabalha, RH e Marketing, para fazer essa comunicação girar. Tem um RH em cada loja, então são nossa ponte de comunicação dentro das filiais”.
Por fim, como engajar?
Ana Maria pondera sobre como o tamanho das organizações podem tornar ações de engajamento caras. Entretanto, ela explica que existem opções de baixo custo e efetivas, como a campanha do elogio.
Como dicas para profissionais que enfrentam o desafio de engajar colaboradores operacionais e administrativos espalhados, a coordenadora cita:
- Celebre datas comemorativas: Seja algo grande ou pequeno, é preciso comemorar. Pensando nas finanças, é possível encontrar opções que não sejam tão custosas, mas que engajem o público interno.
“O Eu S/A, que é um vídeo com o colaborador que conta sua história na Havan, de crescimento. Então é uma ação super barata e que as pessoas se veem dentro e inspiram os colegas ao redor.”
- Entender os diferentes públicos: A Havan considera que possui diferentes perfis, representando seus tipos de colaborador: administrativo, operacional, CDAH (centro de distribuição) e de postos de gasolina.
“Então temos 4 personas diferentes e que a gente tem que engajar as 4! Sempre que a gente faz uma ação aqui do administrativo, sempre que possível, espelhamos para as lojas, para o posto e para o CDAH. E o pessoal do CDAH é super engajado, brincamos que é o mais animado aqui”.
- Não deixe a peteca cair: Sempre investir em alguma ação de engajamento e não tratar o tema como algo pontual. Para Ana, a comunicação interna é algo constante e o colaborador precisa se sentir especial.
- Ouvir o colaborador: Não adianta só fazer, é preciso entender a percepção das pessoas.
“Fazer a ação e depois medir como é que foi, ouvir a percepção, entender como estão recebendo aquilo. Ouvir esse feedback da base é muito importante”.
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