Não é novidade que a tecnologia pode ser uma grande aliada em diversos âmbitos da vida. Nas organizações, ela revolucionou processos e projetos em diversas áreas. Quando falamos de Recursos Humanos, o digital ganhou uma nova importância graças à pandemia. Com um cenário nunca visto antes, tem sido preciso abraçar rapidamente a ideia da transformação digital no RH.
Entretanto, o ritmo pode desacelerar – e oportunidades de negócio e carreira serem perdidas – nos ambientes em que há desconfianças, como a de que a digitalização desumaniza as organizações, esfriando relações.
Ou, ainda, quando ainda existem questionamentos em aberto: como é feita a governança? É preciso começar grande?
Essas e outras perguntas serão respondidas neste artigo, confira!
Transformação digital no RH não é sinônimo de frieza
Diretora de RH, com importantes passagens por empresas de grande porte, Paola Klee entende que a transformação digital gera a melhora nos serviços prestados pela área de Recursos Humanos, assim como a otimização do tempo de seus profissionais.
Entrevistada no segundo episódio do Dialog Talks, Paola explicou que o pensamento “digital desumaniza e esfria” não é real e como a digitalização impacta positivamente a relação com os colaboradores.
“Eu acho que as relações até se intensificaram, a qualidade se torna muito maior e as empresas que tiveram a digitalização implantada dentro da área de Recursos Humanos, principalmente na área de operações de RH, eu vejo que nós só ganhamos com isso. (…) Trouxemos uma experiência mais positiva para o nosso colaborador”.
Você pode conferir o bate-papo completo com Paola Klee, no Dialog Talks, clicando no play abaixo.
Análise e mudança de mindset são o pontapé da transformação
Para Paola, o primeiro passo para as empresas que desejam promover uma transformação digital no RH é “identificar pontos nos processos de gestão de pessoas que sejam repetitivos, atividades mais transacionais que possam aportar tecnologia”. Esse processo impacta diretamente na jornada do colaborador dentro da empresa.
A profissional ainda comenta sobre como essa transformação é menos sobre recursos financeiros e mais sobre cultura e mentalidade.
“As pessoas têm uma ideia um pouco equivocada de que uma transformação digital implica em altos investimentos em tecnologia quando na verdade se trata de uma mudança cultural, uma mudança de mentalidade”.
A mentalidade digital “exige que vejamos velhos problemas e processos antigos com novos olhos. É uma maneira diferente de pensar sobre clientes, serviços e processos. É mais rápido, iterativo e adaptável”, segundo a Deloitte, que também afirma que “a transformação digital começa com as pessoas, não com a tecnologia.”
Com essa mudança de mentalidade, segundo Paola, é possível trazer uma perspectiva diferente para a área de RH, saindo do tradicional para o ágil, de um pensamento linear para o exponencial, de um olhar mais fixo para um de crescimento.
Sem comunicação, não há transformação!
A aplicação da metodologia ágil na área de RH ou em qualquer outra passa por um “exercício constante da comunicação”, de acordo com Paola.
Ela reforça que não existe colaboração sem a abertura de canais de comunicação com transparência e um espaço no qual os colaboradores se sintam à vontade para expor suas ideias.
Por isso, a área de Comunicação Interna pode e deve ser aliada na hora da propagação da cultura e mentalidade digital dentro da organização.
Os impactos da transformação digital
As mudanças causadas pela transformação digital no RH são exponenciais, afirma Paola Klee.
“Quando você aplica a mudança de mentalidade e as novas formas ágeis de trabalho, isso com uma boa tecnologia, você identifica mudanças bem significativas”.
Como exemplos, ela cita:
- Aumento de engajamento;
- Percepção de desenvolvimento e oportunidades dentro da organização;
- Satisfação dos candidatos;
- Redução de tempo gasto em fechamento de posições;
- Melhorias de onboarding;
- Senso de pertencimento potencializado.
“Pensamento mais ágil, um ambiente com maior segurança, e tudo isso acoplado com tecnologia que permita que as atividades transacionais sejam feitas de uma maneira mais acelerada e com uma interface melhor com o colaborador”.
Transformação digital no RH x negócio: qual a relação?
Paola Klee afirma que tudo que uma organização faz para “permitir que os colaboradores coloquem em prática o seu potencial criativo e possam, entre si, se complementarem em termos de capacidade, conhecimento e habilidades” de forma colaborativa impacta diretamente na qualidade do produto ou serviço oferecido pela empresa.
Na experiência da profissional, as companhias que investiram na digitalização do RH tiveram grandes resultados no negócio como um todo, evitando a perda de clientes, garantindo uma maior satisfação deste consumidor porque ele é melhor atendido pelo seu time de vendas, por exemplo.
Os impactos da transformação digital no RH, segundo ela, podem ser vistos em várias frentes do negócio.
“Entendo que todas as empresas são empresas de pessoas e cada vez que você investe no desenvolvimento, criando perspectivas de futuro, as pessoas se sentem ouvidas, sentem que tem espaço para colaborar (…) e eu vejo tudo isso sempre com resultado no cliente final”.
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