Inteligência Artificial na Comunicação Interna: entenda como aplicar

por | 21/02/2025 | Comunicação Interna, Estratégia, Profissional de CI

Sem dúvida, o uso de Inteligência Artificial na Comunicação Interna é um dos temas mais debatidos pelos profissionais da área nos últimos tempos. Por esse motivo, criamos a Dialog AI Week, semana temática sobre o uso de IA em CI. 

Inclusive, somos a primeira empresa brasileira do mercado de Comunicação Interna a contar com um ecossistema de Inteligência Artificial para Engajamento. O Dialog AI apoia na produção de conteúdo, na inteligência de dados e no ganho de produtividade, sendo composto por três módulos:

Agende uma demonstração gratuita da nossa plataforma e conheça também o nosso ecossistema.

O segundo dia do evento abordou como a Comunicação Interna pode se beneficiar do uso da Inteligência Artificial; mas, para isso, o recurso precisa ser aplicado no dia a dia de um jeito estratégico.

Para falar sobre como colocar isso em prática, convidamos Flávia Marianno, analista pleno de DHO na Livelo, o maior programa de recompensas do Brasil. Atualmente, a empresa utiliza a solução e o módulo de produção de conteúdo da Dialog.

Convidamos também Kelly Cufone, diretora de Projetos na United Minds. Ela compôs a equipe que venceu o Prêmio Jatobá na categoria Pesquisa de Comunicação Interna por dois anos consecutivos, com projetos desenvolvidos para o Hapvida em 2017 e a Special Dog em 2018.

Você pode assistir ao webinar ou escutar o bate-papo na íntegra.

Inteligência Artificial na Comunicação Interna: vivências

As entrevistadas deram início ao webinar sobre o uso de Inteligência Artificial na Comunicação Interna compartilhando quando e como começaram a utilizar a tecnologia.

Flávia contou que concentrou o uso de IA na criação de textos simples. Ela citou como exemplo a época de Black Friday, período em que a empresa trabalhava ofertas mais agressivas, e era necessário reforçar para os colaboradores que as campanhas eram sigilosas e não deveriam ser compartilhadas antes do lançamento.

“Eu experimentei colocar um breve briefing na IA e inserir palavras-chave da cultura Livelo, pois a gente costuma reforçar muito a cultura em todas as comunicações que fazemos. E aí, com isso, percebi que consegui entregar um texto amigável, criativo e alinhado com a necessidade sem perder tanto tempo desenvolvendo uma ideia.”

A analista também gosta de usar Inteligência Artificial para ter insights capazes de engajar pessoas e propor ideias em estratégias de campanhas. Ela faz isso perguntando para a tecnologia quais são as possibilidades caso adote caminho A ou caminho B.

Kelly compartilha a visão de profissional de comunicação que trabalha em uma consultoria, ou seja, que atende diferentes clientes. 

Ela contou que a matriz global da United Minds criou uma plataforma exclusiva de IA (estilo ChatGPT) para os colaboradores das empresas do grupo usarem, assegurando a segurança da informação dos dados dos clientes atendidos.

A ferramenta apoia na produção de conteúdo, na criação e na busca de imagens, além de trazer prós e contras de determinado projeto e também oferecer uma outra perspectiva a partir da ideia compartilhada.

A automatização de processos e criações

A diretora na United Minds pondera que, antes de automatizar, profissionais de Comunicação Interna devem entender a finalidade de adotar a Inteligência Artificial, como uma maior agilidade para a produção dos conteúdos. Ela também comentou sobre o estigma de substituição do trabalho humano que a IA carrega. 

“Será que a IA vai substituir o profissional de Comunicação Interna? Na verdade não, ela vem complementar a nossa atuação no dia a dia. Então, você fazendo algo com mais agilidade, como a entrega de um texto, imagem ou projeto, você também ganha mais tempo para atuar de forma mais estratégica.”

Ela considera que, com a Inteligência Artificial, o trabalho na área deixa de ser mais rotineiro e operacional para contar com pessoas que tenham competências para trabalhar com inteligência emocional e soluções de problemas complexos.

O equilíbrio

Como equilibrar a automação da produção de conteúdo com a necessidade de manter a voz autêntica e personalizada da empresa?

Para responder essa questão, Flávia pondera que a IA acelera a criação de texto, mas a linguagem da empresa é única e não deve ser esquecida tanto na hora de criar o prompt quanto na revisão do que foi produzido pela tecnologia.

“A automação é uma ferramenta, não é uma substituta da criatividade humana. Não podemos esquecer disso!”

Lembrar para quais públicos o profissional está criando as comunicações também é uma etapa para promover esse equilíbrio.

A importância da elaboração do prompt foi reforçada por Kelly, que afirma que um briefing quadrado será adaptado em uma criação igualmente quadrada. 

“A Inteligência Artificial é muito menos um gerador automático de texto e muito mais um facilitador do processo de criação. Eu tenho o trabalho de colocar ali a informação mais completa possível.”

Inteligência Artificial na Comunicação Interna da Livelo

A Livelo, que usa a plataforma da Dialog para se comunicar e engajar seus colaboradores desde 2019 (conheça o case de lançamento aqui), utiliza o Power AI Creator — nosso módulo de produção de conteúdo a partir de IA — para otimizar o trabalho da área.

Flávia conta que a ferramenta é usada para criar textos não só que serão utilizados no VC em Cada Ponto, plataforma de CI da empresa, mas também para publicações no LinkedIn da organização.

“Eu gosto de trabalhar de duas formas: na primeira eu escrevo um briefing, incluo palavras-chave da cultura da Livelo e aí eu reviso o conteúdo que a IA me entrega, justamente para não faltar a humanização. Já a segunda forma é escrevendo uma versão desse texto. Eu subo [o conteúdo] na plataforma e peço para fazer uma nova versão, escolho o tom de voz e o tamanho desse texto. Gosto dessa segunda opção porque consigo ter uma visão diferente e uma linha criativa que eu não tinha explorado antes.”

Ela afirma que, com o Power AI Creator, ela consegue conciliar o que há de melhor na versão humana com a versão tecnológica, mantendo as entregas alinhadas com o tom de voz organizacional de forma acolhedora, reforçando a cultura com um prazo muito menor.

Kelly lembra que o módulo permite que as empresas cadastrem as personas usadas na plataforma de CI e seus respectivos tons de voz, outro fator que otimiza o tempo da área.

Dicas!

Para finalizar o painel, Flávia e Kelly compartilharam dicas para profissionais de Comunicação Interna que desejam adotar a Inteligência Artificial na sua rotina de trabalho e de que forma podem fazer a tecnologia trabalhar com eficiência para a área.

A analista da Livelo lembra que todos estão no mesmo barco e que a IA chega para otimizar o tempo e criar boas estratégias. Aos que vão começar a utilizá-la, ela recomenda testar em pequenas ações e, para isso, compartilhou um passo a passo:

  1. Entenda as dores da área e como a IA pode ajudar;
  2. Analise seus processos de trabalho, tarefas repetitivas e o que toma muito o seu tempo;
  3. Pesquise ferramentas e filtre o que somaria no seu cenário;
  4. Mensurar o que foi feito.

“O sucesso da mensagem depende de 3 coisas: alinhar os objetivos da empresa com a cultura e o público.”

Além disso, Kelly levanta a necessidade de considerar as implicações legais do uso de Inteligência Artificial na Comunicação Interna (e dentro do ambiente de trabalho geral) para se resguardar de qualquer risco. 

Ela recomenda envolver o jurídico para esse cuidado e redobrar a atenção com o uso de dados sensíveis em plataformas de uso público, como o ChatGPT.

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Assinatura Marcela hub nova

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