Infoxicação na Comunicação Interna

por | 19/02/2024 | Comunicação Interna, Dale, Parceiros

Quem nunca disparou mensagens em todos os canais de comunicação visando alcançar o maior público possível em um curto espaço de tempo que atire a primeira pedra! No afã de comunicar tudo o que precisamos aos colaboradores – incluindo as várias notícias de última hora – acabamos transformando o que deveria ser esporádico em algo recorrente e nada estratégico, nutrindo esse bicho papão que chamamos de infoxicação.

De acordo com a PUC-RS, esse termo foi criado pelo físico espanhol Alfons Cornellá em 1996 e corresponde “ao excesso de conteúdos que recebemos diariamente e não conseguimos absorver, causando dispersão, estresse e ansiedade”. Lá fora, a enxurrada chega pelos meios tradicionais, como rádio, TV, internet e, principalmente, redes sociais. Nas empresas, a Comunicação Interna pode se tornar um gatilho e afastar os colaboradores, que passam a ignorá-la para não lidar com o estresse constante.

Se desejamos despertar o interesse dos colaboradores e mitigar os efeitos da infoxicação, precisamos pensar em uma comunicação mais bem planejada e alinhada com as necessidades do nosso público interno, algo que pode ser alcançado a partir de alguns pontos:

  1. Faça um diagnóstico de CI

Entenda junto ao seu público quais canais funcionam, quais deveriam ser implementados ou descontinuados, e quais mensagens são consideradas importantes. Isso nos dá uma direção para reorganizar as coisas, tornando-as relevantes novamente. Se quiser ir além, pense em segmentar a comunicação, personalizando ainda mais as mensagens.

  1. Planeje as funções dos canais

Cada canal possui uma linguagem e um jeito específico de se comportar. Replicar a mesma mensagem em todos eles, mudando apenas o formato, não aproveita o potencial de cada um. A partir do diagnóstico, entenda que tipo de mensagem se encaixa melhor em cada canal, usando-os de forma mais nativa e respeitando os públicos específicos que cada um atende.

  1. Mapeie pautas e eventos recorrentes

Já sabemos que certos tipos de conteúdo, eventos e projetos são recorrentes ou planejados para datas previamente escolhidas. Desenhe esse panorama macro para conseguir manejar possíveis volumes excessivos e liberar espaços estratégicos para pautas de última hora, sem que isso bagunce seus planos.

  1. Filtre tudo o que é pedido para CI

Esse pode ser um ponto delicado, já que requer uma certa diplomacia com as outras áreas da empresa. Porém, é crucial ter critérios e fluxos claros do que entra ou não nas mensagens disparadas por CI. Cada área acredita que tudo o que ela quer comunicar é superimportante, mas com um olhar mais estratégico percebemos que algumas informações são bem específicas e não precisam ser compartilhadas com todos. Filtrar, orientar e disparar só o que realmente importa mantém as mensagens relevantes.

  1. Mensure, mensure e mensure

Faça pesquisas pulse, fique de olho no que as pessoas comentam nos corredores e acompanhe o engajamento em campanhas internas. A Comunicação Interna não é uma ciência exata e precisa ser acompanhada para permitir correções de rota e melhorias contínuas, inclusive no volume, na periodicidade e no teor das mensagens compartilhadas.

Em resumo, o planejamento em CI não só combate a infoxicação, mas também ajuda a criar um ambiente de informação mais saudável e relevante para os colaboradores. Integrar os canais, definir mensagens-chave e se adaptar às mudanças no cenário da comunicação são estratégias poderosas para manter tudo claro e autêntico nesse mar de informações on e off-line.

O texto acima foi produzido por um parceiro Dialog, tendo seus direitos reservados. A Dialog não se responsabiliza pelo conteúdo deste artigo, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.

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