A Inteligência Artificial na Comunicação Interna já é uma realidade. De acordo com a Aberje, 54% das organizações utilizam Inteligência Artificial na área de comunicação (interna e externa). A produção de conteúdo, a geração de insights e o aumento de produtividade são as principais finalidades na utilização dessa tecnologia.
Mas falando em prática: quais são as melhores opções hoje em dia? E como fazer um bom prompt? Na última live da 2ª edição da Dialog AI Week, Maurício Talão, COO da Clima Comunicação, e Vívian Rio Stella, linguista, professora e idealizadora da VRS Academy, falaram sobre exemplos práticos e a importância do fator humano.
Você pode assistir ao conteúdo na íntegra ou escutar a versão podcast.

Ferramentas úteis de Inteligência Artificial na Comunicação Interna
Pensando no uso de Inteligência Artificial na Comunicação Interna, perguntamos aos especialistas quais ferramentas ou recursos têm se mostrado mais úteis no dia a dia da Comunicação Interna.
Antes de citar exemplos práticos, Maurício Talão considera que existem quatro grandes frentes de recursos de IA para Comunicação Interna: assistentes de texto, análise de dados, automação de fluxo e ferramentas com IA nativa. A partir disso, ele mencionou algumas opções que utiliza em seu dia a dia:
- CHAT GPT (Modo 4 e 3): mais analítico para tarefas mais complexas;
- DALL E e DALL E3: geração de imagens;
- ADOBE FIREFLY: criação de imagens;
- VEO3 (Google): vídeos realistas;
- GEMINI: análise de documentos;
- MANUS: criações de aplicações e MVPs;
- GROK: raciocínios mais estruturados;
- GAMMA: criação de apresentações;
- LOVABLE: criação de sites e app simples;
- UX PILOT: interfaces de experiência do usuário;
- TL-DV: gravação de reunião;
- PLAUD.AI: gadget de gravação e assistente de notas.
Vívian aponta a necessidade de identificar a dor que o profissional de CI quer resolver para entender qual é a melhor opção, visto que existem muitos recursos. Ela citou como recomendações o Google NotebookLM e o Scite (ferramenta de IA acadêmica).
Ela também deu dicas de como usar a IA de forma estratégica. Uma delas é colocar as ferramentas para “conversar entre si”, ou seja, pegar o resultado gerado por uma e colocar em outra para obter o melhor resultado.
Maurício complementou recomendando que não se deve aceitar a primeira resposta dada por uma IA generativa, pois é a opção mais genérica.
Prompts
Vívian explica que os prompts são o começo, não o final do caminho, e que muitos querem fazer um “prompt matador” para acelerar a criação quando, na verdade, a conversa com a IA é uma etapa importante.
Ela recomenda especificar bem o que deseja no prompt, até mesmo quebrando em passos (mas não mais de 3, para não gerar respostas alucinadas de IA). Além disso, a linguista reforçou o ponto levantado por Maurício: não aceitar a primeira versão, pois ela dificilmente atenderá às expectativas.
Vívian contou que chegou a perguntar para o próprio Gemini qual seria um bom prompt para ele, e a ferramenta respondeu: algo com clareza, especificidade, direcionamento, contexto, restrições, formato, tom de voz, exemplos e objetivo claro.
Maurício compartilhou algumas dicas práticas, confira na imagem abaixo:
Questionada sobre quais são os cuidados que devemos ter ao criar prompts para evitar vieses e garantir que a IA entregue respostas mais precisas e éticas, Vívian ressalta a importância de saber quais referências buscar, além de questionar essas referências e interagir com a IA para evitar resultados com vieses inconscientes.
Complementando a resposta, Maurício recomenda compartilhar com a IA, sempre analisando se as informações não são sigilosas, alguns dos conteúdos de Comunicação Interna para que a ferramenta consiga entender o tom de voz esperado de maneira mais fácil.
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Por Marcela Freitas Paes, analista de conteúdo e editora do Dialog Blog.
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