Dicas e modelo para criar orçamento de Comunicação Interna; confira

por | 28/10/2024 | Boas Práticas, Comunicação Interna

Você, profissional de Comunicação Interna, já começou a desenhar o orçamento do próximo ano?

As equipes de CI enfrentam constantemente o desafio de mostrar o valor estratégico de suas ações, especialmente quando é hora de construir o planejamento financeiro da área. 

Para garantir novos investimentos, é essencial não só apresentar números, mas também romper com o estigma que algumas lideranças mantêm: a crença de que ações de engajamento e Comunicação Interna podem ser realizadas com poucos ou nenhum recurso.

Neste texto, falaremos sobre a importância de desenhar o planejamento orçamentário da área de forma estratégica. Confira!

Orçamento de Comunicação Interna: por onde começar

Antes de falar sobre o orçamento da Comunicação Interna, é preciso que profissionais da área sejam capazes de mostrar como uma CI eficaz é vital para construir, fortalecer e manter a cultura organizacional presente no dia a dia, além de impactar diretamente o engajamento e a experiência do colaborador.

Para isso, a área precisa de investimento – seja em canais digitais, como redes sociais corporativas e plataformas de CI, ou na capacitação dos profissionais. Para conquistar esse apoio financeiro, é necessário construir um planejamento orçamentário sólido, que demonstre como cada ação de comunicação pode gerar valor e contribuir para os objetivos estratégicos da organização. 

Isso envolve mensurar o impacto das iniciativas anteriores, projetar resultados concretos e alinhar as ações de comunicação com metas de crescimento, produtividade e engajamento.

Assim, os profissionais de Comunicação Interna devem se armar de dados, resultados mensuráveis e uma narrativa clara, provando que, com os investimentos adequados, a comunicação se torna um motor poderoso para engajar colaboradores, melhorar a retenção de talentos e aumentar a produtividade.

É tempo de mostrar que a Comunicação Interna não é um custo, mas sim um investimento estratégico para o sucesso sustentável do negócio.

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Como fazer um bom orçamento de Comunicação Interna

Essa é a pergunta de milhões, certo? Para ajudar profissionais da área que enfrentam essa dura missão, entrevistamos Anna Costa, profissional com mais de 15 anos de experiência em comunicação corporativa, que hoje é sócia-diretora da agência Quintal 22.

Blog Dialog (BD): Quais são os argumentos que podem ser utilizados para pedir investimentos em Comunicação Interna em 2025?

Anna Costa (AC): Cada vez mais a Comunicação Interna é fundamental para disseminar a estratégia e a cultura da empresa. Em empresas que trabalham com jornadas híbridas, ter um plano de comunicação robusto faz toda a diferença. O fato não é apenas pedir mais investimentos, mas apresentar um plano que esteja atrelado à estratégia da empresa e às necessidades de comunicação de seus públicos. 

Quando fazemos esse planejamento e deixamos claro onde queremos chegar, como queremos chegar e quais são os valores necessários para se investir nessa jornada, a defesa do investimento tem mais êxito. 

Cada empresa tem suas estratégias e prioridades, e os objetivos de comunicação precisam estar atrelados a ambas. Executivos precisam de dados, fatos e metas. O grande desafio ainda em Comunicação Interna é a definição de metas e a mensuração de resultados. É necessário apresentar dados. Ao menos apontar para eles. 

Construir a defesa com base em números é o melhor caminho. Também vale mostrar nessa defesa algumas pesquisas que abordam como uma comunicação eficiente contribui para o sucesso dos negócios:

Redução no turnover: Funcionários mais engajados permanecem mais tempo na empresa, evitando custos com novas contratações e treinamentos. Se o turnover diminuir, a economia será significativa.

Melhoria no engajamento: Empresas que se comunicam bem têm funcionários engajados, que são mais produtivos e criativos.

Orgulho em pertencer: Quando o funcionário sabe para onde a empresa está caminhando, quais são suas causas e mais – entende que a transparência é um compromisso e um respeito por parte da companhia para com o seu público interno – um sentimento de orgulho passa a fazer parte da sua jornada. Esse orgulho impacta na chamada felicidade corporativa e ele se sente mais motivado para o trabalho, aumentando sua capacidade de entrega.

BD: Pode compartilhar dicas práticas de como construir esse documento de forma racional para o CFO ou outras lideranças que estejam envolvidas nesse processo de decisão?

AC: Um dos caminhos que se mostra bem eficiente é apresentar o planejamento de uma forma clara e com a linguagem dos executivos, incluindo planilhas ou gráficos. Uma boa tabela de investimentos para a apresentação deve conter os seguintes aspectos:

  • Estratégia/Prioridades da empresa para o período;
  • Objetivos da comunicação atrelados a essas prioridades;
  • Solução para a busca desses objetivos;
  • Classificação (prioritário/flexível/pode aguardar); 
  • Investimento.

Precisamos ser sucintos nas explicações e fazer o alinhamento entre as prioridades da empresa para o próximo período e os objetivos da comunicação. 

Na parte de objetivos, temos que mostrar como a área de comunicação vai contribuir para as prioridades/estratégias da empresa ou de suas áreas. Na solução temos que demonstrar o que será feito para alcançarmos o objetivo. O investimento traz os valores necessários para a tal ação/ações. 

Para empresas que têm um número significativo de profissionais, vale mostrar o investimento individual. Em geral, ele é pequeno e o valor que antes parecia alto passa a ser visto, quando calculado por pessoa, como factível.

BD: Compartilhe dicas de como escolher o que priorizar a fim de se preparar para possíveis cortes na primeira versão do documento.

AC: Quando se faz uma apresentação detalhando as ações de comunicação alinhadas à estratégia, você já deve ter em mente aquilo que não deve ser cortado e o que pode ser ajustado ou adiado. 

Na hora da apresentação já vale destacar o que são ações prioritárias, ações flexíveis e ações que podem aguardar. Com esses três cenários fica mais clara a tomada de decisão.

  1. Prioritária: Aquelas que têm impacto direto na estratégia, no engajamento e no resultado da empresa.
  2. Flexíveis: Têm impacto moderado na estratégia da empresa e na motivação dos profissionais. São importantes, mas podem ser ajustadas e reduzidas.
  3. Pode aguardar: impacto de longo prazo e baixo risco de adiamento. Podem ficar para um futuro próximo.

Mão na massa!

Para finalizar, Anna Costa compartilhou um modelo prático para que times de Comunicação Interna possam criar seus orçamentos a partir das dicas compartilhadas. Confira:

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Assinatura Marcela hub nova

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