Já faz tempo que a comunicação vem mudando a forma de atuar. Nos últimos anos, o salto foi imenso e passamos a contribuir com uma estratégia cada vez mais pautada em análises que nos entregam insights sobre o desempenho da empresa e ajudam a CI a compreender o impacto das ações de comunicação para tomada de decisões mais eficazes que impulsionam a performance do negócio como um todo.
Mas nem toda empresa entendeu como aplicar esse olhar analítico em seu dia a dia. Apenas 4% das organizações nacionais possuem uma cultura de análise de dados avançada, de acordo com a pesquisa “Cultura de Dados e Mensuração em Comunicação Empresarial” realizada em 2023 pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em parceria com a Cortex.
A mesma pesquisa revela, ainda, que 52% das empresas gostariam de melhorar a mensuração e gestão desses materiais de comunicação. Contudo, somente 17% investem tempo da área de Comunicação em planejamento, definição de KPIs, escuta e mensuração das ações, o que mostra uma discrepância entre o idealizado e o realizado..
Mas como mudar isso?
Estamos falando aqui sobre data strategy, que nada mais é que um plano que vai ajudar a empresa a coletar, gerenciar, analisar e usar dados de maneira estratégica para:
- Entregar insights valiosos sobre o desempenho do negócio, da comunicação e do engajamento do colaborador;
- Identificar lacunas e oportunidades que serão resolvidas testando e refinando suas táticas;
- Comunicar o valor, mostrar como as iniciativas de fato impactam no negócio e nos indicadores da empresa;
- Aproximar a empresa de suas metas e objetivos de negócios para direcionar a comunicação interna.
Inteligência nos negócios
E já temos como comprovar tamanha importância da mensuração em CI.
A consultoria e auditoria PWC demonstrou que organizações que utilizam data strategy têm 3 vezes mais chances de relatar melhorias significativas na tomada de decisões.
E essa é uma análise que tem o poder de mudar os ponteiros do negócio, especialmente quando relacionada a outros indicadores, como o ROI (Retorno sobre o Investimento), métrica que calcula a relação entre o dinheiro ganho e o dinheiro empregado. Com esse cruzamento, é possível ter clareza sobre os resultados de uma determinada ação e direcionar investimentos de forma mais precisa.
Além do ROI, podemos usar como exemplo para cruzamento de informações:
- Turnover: avaliação da rotatividade dos colaboradores.
- eNPS (employee net promoter score): pesquisa na qual os colaboradores avaliam diferentes aspectos da empresa, como satisfação com a liderança, por exemplo.
Assim, coletar, mensurar, analisar e correlacionar dados em CI possibilita acompanhar em tempo real os resultados da comunicação e adaptar sempre que for necessário. Isso resulta em uma atuação mais estratégica da área, com decisões mais certeiras, o que gera impacto direto no clima, na produtividade e na performance geral do negócio.
Além disso, um estudo da empresa de consultoria organizacional McKinsey prevê que a tomada de decisão baseada em análise de números tende a aumentar até 2025.
Engajamento é a chave
Soluções que oferecem um dashboard de métricas (como a Dialog) também podem apontar se os colaboradores estão engajados com as ações das áreas e quais são os pontos fortes e de melhoria da CI.
Com mais refinamento e aprofundamento, é possível cruzar, analisar e compreender quais tipos de comunicação engajam mais seus colaboradores, ou quais canais digitais são mais eficazes para alcançar seu público externo.
Feitas as mensurações e análises, as estratégias de comunicação são mais sólidas e se transformam em um dos pilares do planejamento estratégico da empresa.
Acompanhar resultados é essencial
Toda ação de Comunicação Interna tem uma intenção. Como já foi dito, outro ponto essencial do data strategy é o cruzamento das métricas de uma determinada ação de CI com outros indicadores de resultados da empresa. Na prática, isso significa avaliar se a meta estabelecida está sendo alcançada.
Por exemplo, suponha que sua empresa tenha lançado uma campanha de CI para reforçar as regras de segurança entre os colaboradores. Além de mensurar as métricas do processo, como as taxas de engajamento e abertura dos materiais de comunicação enviados, como e-mails marketing ou pushes no WhatsApp, é preciso analisá-las e cruzá-las com outros resultados da organização, como os indicadores sobre número de acidentes com ou sem afastamento, absenteísmo etc.
Essa correlação responderá se as questões relacionadas à segurança foram impactadas positivamente pelas estratégias comunicacionais. Tudo para que novas ações, abordagens ou investimentos sejam melhor calibrados no futuro quanto ao mesmo escopo de campanha.
Mensurações que podem resultar em uma estratégia eficaz:
– Turnover x engajamento
– KPIs de campanhas conectados a KPIs das áreas
– Liderança comunicadora x times engajados
– Comunicação próxima e engajadora x colaboradores ativos nos canais
– Temas de interesses x prioridades do negócio
O público interno dá o tom
É por meio dos dados que a empresa compreende qual a melhor forma de alcançar o colaborador e engajá-lo na comunicação. Isso vai refletir tanto na produtividade quanto na performance do seu negócio. Então, a dica é: conheça e compreenda o público de CI para, então, focar em uma estratégia certeira, alinhada à cultura da empresa, sem excessos. Esses resultados mostrarão o caminho!
Leia também:
- Mensuração na Comunicação Interna: torne-se especialista em dados
- Uso e análise de dados na Comunicação Interna para engajar
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