Comunicação Interna e inclusão; saiba como a IA pode ajudar

por | 23/06/2025 | Comunicação Interna, DEI, Inteligência Artificial

A combinação entre Comunicação Interna e inclusão é essencial para construir ambientes de trabalho mais diversos, acessíveis e engajadores. 

Uma pesquisa de Josh Bersin mostrou que empresas com culturas inclusivas têm 2,3 vezes mais chances de ter colaboradores altamente engajados e 1,7 vez mais chances de assumir a liderança em inovação. Ou seja, inclusão também é resultado.

Neste texto, você vai entender como a Inteligência Artificial (IA) pode ser uma aliada poderosa para tornar a comunicação corporativa mais compreensível para todos os colaboradores, especialmente aqueles com baixa escolaridade, dificuldade de leitura ou pouca familiaridade com termos corporativos. Boa leitura!

O que significa, na prática, promover inclusão na Comunicação Interna?

Falar em Comunicação Interna e inclusão é ir além de campanhas temáticas ou ações pontuais (que também são muito importantes). Inclusão, nesse contexto, significa garantir que todas as pessoas — independentemente de escolaridade, função, localização ou habilidade técnica — tenham acesso claro e efetivo às mensagens da empresa.

Um dos desafios mais relevantes está ligado ao nível de letramento funcional. De acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), 27% dos trabalhadores brasileiros são analfabetos funcionais, ou seja, possuem limitações para compreender textos mais longos ou com vocabulário formal, o que inclui muitos dos termos utilizados na linguagem corporativa.

São trabalhadores que muitas vezes não se sentem incluídos na comunicação oficial da empresa por conta da linguagem, dos canais ou da complexidade das mensagens. É aqui que a IA pode (e deve) atuar como aliada.

O papel da IA na construção de uma comunicação mais inclusiva

A IA, aplicada à Comunicação Interna e inclusão, permite uma série de avanços importantes para ampliar o acesso à informação. Veja alguns exemplos de como ela pode ser usada.

1. Hiperpersonalização de mensagens

Por meio da análise de dados comportamentais e do uso de algoritmos, a IA possibilita a hiperpersonalização da comunicação, ou seja, o envio de mensagens sob medida para cada perfil de colaborador. 

Isso significa que um conteúdo pode ser adaptado para diferentes formatos (texto simplificado, áudio, vídeo, carrossel de imagens) com base nas preferências ou necessidades do público-alvo.

2. Tradução de jargões e linguagem acessível

Algumas plataformas de IA já conseguem interpretar textos com linguagem técnica e traduzi-los para uma versão mais simples, sem perder o conteúdo essencial. 

Isso é crucial para eliminar barreiras causadas por jargões corporativos, siglas e expressões de difícil compreensão.

Por exemplo: uma mensagem sobre um novo processo interno pode ser automaticamente convertida para uma linguagem clara, objetiva e amigável, respeitando os diferentes níveis de letramento dos colaboradores.

3. Assistentes virtuais e conteúdos em áudio

Bots com IA podem ser programados para responder a dúvidas em tempo real, com linguagem informal e acessível, evitando o uso de termos rebuscados. 

Além disso, a geração de conteúdos em áudio ajuda a democratizar o acesso à informação, beneficiando especialmente colaboradores com dificuldade de leitura ou que trabalham em ambientes onde ler uma mensagem pode não ser viável em determinados momentos (como fábricas ou linhas de produção).

4. Análise de engajamento e feedbacks automáticos

Ferramentas com IA permitem monitorar quais tipos de conteúdo estão gerando mais engajamento e quais formatos funcionam melhor para cada grupo de colaboradores. Isso contribui para decisões mais assertivas na criação de campanhas internas inclusivas, baseadas em dados reais, não em suposições.

A IA ajuda a entender, por exemplo:

  • Quais públicos estão mais engajados (e quais não estão);
  • Que tipo de conteúdo funciona melhor para cada grupo;
  • Onde existem lacunas de entendimento.

IA como ferramenta, não substituição

É importante lembrar que a IA não substitui a sensibilidade humana. Ela é uma ferramenta que, quando bem utilizada, amplia as possibilidades da equipe de Comunicação Interna em construir uma estratégia e contribuir para uma cultura organizacional mais inclusiva, empática e eficiente. 

O segredo está em combinar tecnologia com escuta ativa, respeito às diferenças e um planejamento estratégico voltado à equidade.

Quanto mais adaptada e acessível for a comunicação, maiores serão o engajamento, o alinhamento e o sentimento de pertencimento dos times. Incluir não é apenas informar. É criar meios para que todos entendam, participem e façam parte da jornada. 

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Assinatura Marcela hub nova

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