Comunicação Interna e Employer Branding: saiba como trabalhar

por | 11/11/2024 | Comunicação Interna, Dale, Employer Branding

A Comunicação Interna e o Employer Branding estão diretamente relacionados, já que a área de CI é um dos pilares que trabalham a marca empregadora para os colaboradores. 

Se a sua Comunicação Interna ainda não colocou a pauta de Employer Branding no planejamento do próximo ano, chegou a hora. Mas como a CI pode enriquecer a estratégia da gestão da marca empregadora? E de que forma é possível trabalhar a Comunicação Interna e o Employer Branding de forma prática?

Essas e outras perguntas foram respondidas na penúltima masterclass da 2ª edição da Semana do Planejamento da Comunicação Interna, cujo palestrante foi Marcelo Rouco, CEO na Dale. Ele é formado em Publicidade e tem especialização em Planejamento Estratégico e Inovação em Negócio, além de somar mais de 15 anos de experiência em trabalhos de comunicação, marketing e publicidade.

Além de organizar a aula, a Dialog também criou um conteúdo prático complementar: um material sobre a jornada da Comunicação Interna e a marca empregadora. Você pode assistir à transmissão e baixar o documento clicando neste link.

Comunicação Interna e Employer Branding: o começo

A aula ministrada sobre Comunicação Interna e Employer Branding começou com Marcelo diferenciando três conceitos relacionados à marca empregadora:

  1. Employer Branding: reputação enquanto empregador;
  2. Employee Experience: jornada de experiências que a pessoa vive na organização;
  3. EVP: proposta de valor ao empregado.

Ele lembra que o trabalho de EB ajuda a atrair e também a reter os talentos na organização. Para isso, a estratégia precisa ser formada por um conjunto de ações externas e também internas, já que os colaboradores são vistos como a melhor publicidade para uma marca empregadora forte e consistente.

“Tem que vender primeiro a sua empresa para o seu colaborador. Se ele não comprar o seu produto ou serviço e não acreditar no que vocês fazem, as pessoas de fora também não vão acreditar”, explicou o CEO na Dale.

E onde a Comunicação Interna entra na história? Na jornada do colaborador, que no primeiro momento conta com 8 etapas. São elas: atração, recrutamento e seleção, admissão, onboarding, engajamento, treinamento e desenvolvimento, promoção e offboarding.

Entretanto, ao analisar de perto, a lista de pontos de contato com o colaborador ao longo dessa jornada é bem maior. Veja:

Fonte: Dale

Dos 8 pilares e seus respectivos pontos de contato apontados na arte acima, a Comunicação Interna é responsável por 5 deles.

Fonte: Dale

“A gente vê que os pontos de contato de comunicação externa diretamente ligados à marca empregadora são infinitamente menores aos da Comunicação Interna, porque ela está fazendo parte do processo mais longo dessa jornada do colaborador dentro da empresa. Então, na hora que a gente conecta essas duas coisas [CI e Employer Branding], a gente entende que uma retroalimenta a outra, uma vai ajudando a outra a trabalhar melhor. Tudo que é trabalhado pela CI ou é apoiado pela área dentro da empresa ajuda a construir uma melhor marca empregadora. [A gente] precisa garantir que a Comunicação Interna ajude a manter esses processos depois que a pessoa está dentro da empresa”, ressaltou Marcelo.

O CEO ainda afirmou que 75% dos pontos de interação da jornada do colaborador com a organização são impactados majoritariamente pela Comunicação Interna.

Comunicação Interna como pilar

Segundo Marcelo, a CI é fundamental para a estratégia de Employer Branding, pois, além dos pontos já citados anteriormente, a área molda a percepção dos colaboradores sobre a empresa e cultura, influenciando no engajamento e na retenção de talentos.

Mas como tornar a área um pilar oficial da gestão da marca empregadora? A resposta começa no planejamento. Rouco citou 3 vertentes para essa etapa:

Estratégia

“Um ponto importante, e que eu gosto sempre de reforçar quando a gente fala de Comunicação Interna e marca empregadora, é o quanto temos que estar alinhados com a estratégia do negócio. Se você está fazendo uma CI que está desalinhada ou que não sabe qual é o objetivo do negócio, quais são as diretrizes e para onde a empresa está olhando, provavelmente você está fazendo ou alguma coisa errada, que no final não vai dar o resultado esperado, ou alguma coisa que não é estratégica para a organização. A gente tem que garantir cada vez mais que a CI suba esses degraus e fale sempre com gente que está pensando na estratégia do negócio”, destacou.

Execução e correções de rota

“Muitas vezes há este medo: ‘Se eu mudar minha campanha, a estratégia da área ou o que eu fiz, vai parecer que fizemos algo errado ou que estamos perdidos’. Não tenha medo de mudar, principalmente no mundo em que vivemos hoje, que tudo muda a todo momento. Às vezes você desenhou uma estratégia perfeita, que fazia todo sentido naquele momento, mas 3 meses depois vem uma pandemia e você tem que jogar tudo no lixo porque o cenário é totalmente diferente”, refletiu.

Mensuração

“É importante acompanhar para ver se [a campanha] está rolando ou se precisa fazer alguma correção no meio do caminho, e isso se faz com a mensuração. Na hora da estratégia, de colocar para rodar, olhe para a mensuração, para as métricas e para os indicadores que a gente vai acompanhar”, frisou.

Depois do planejamento, é hora de alinhar o storytelling e o que é feito na empresa. Marcelo explicou que a Comunicação Interna ajuda a promover transparência e confiança, de forma que os colaboradores sintam que estão informados sobre as direções estratégicas e as decisões da empresa.

“Em tempos de transparência, o Employer Branding precisa comunicar a verdade. E a Comunicação Interna pode colaborar construindo boas histórias com seus colaboradores”, defendeu.

Para finalizar a parte teórica, o executivo considera que a solução para trabalhar a marca empregadora de forma efetiva é dedicar um olhar integrado, envolvendo as áreas de Comunicação Interna, Employer Branding, RH e Marketing, alinhando as estratégias.

7 dicas para estruturar o Employer Branding com o apoio da Comunicação Interna

Marcelo terminou sua masterclass compartilhando 7 dicas para estruturar a marca empregadora da empresa com o apoio da área de Comunicação Interna. São elas:

  1. O EB não se faz sozinho no LinkedIn ou Instagram: Para ser um bom profissional de EB e entregar um bom trabalho, você pode (e deve!) ter a Comunicação Interna e as lideranças da sua empresa como aliadas.
  2. Alinhe as estratégias e os planos de CI e EB antes de começar a executar qualquer uma das duas áreas: E, principalmente, garanta que ambas estejam alinhadas com os objetivos do negócio.
  3. Estabeleça e acompanhe indicadores: A melhor forma de mostrar o valor do seu trabalho é provar seus resultados. Crie indicadores, acompanhe e use-os para tomada de decisão (exemplos: diminuição de turnover, melhora em pesquisas etc.).
  4. Não se esqueça das lideranças: Na Comunicação Interna, o líder é um dos “canais de comunicação” mais respeitados e ouvidos.
  5. Nutra embaixadores reais: Embaixadores treinados são legais. Embaixadores reais são incríveis!
  6. Comunicação é simples: Analise todos os seus públicos para ter mais engajamento em menos tempo. Lembre-se de que a comunicação, para ser absorvida, tem que ser simples, clara e direta.
  7. Dê voz e espaço às pessoas: Tanto na CI quanto no EB, valorize as pessoas da sua empresa.

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