Ter operações espalhadas pelo Brasil é sinônimo de sucesso para as empresas — afinal, quanto maior a força trabalhadora, maior a capacidade de produzir. E ela só aumenta quando a demanda está em crescimento também.
Se por um lado esse é um fator positivo para o negócio, por outro é um grande desafio para as corporações que almejam continuar no rumo do sucesso. Isso porque esse avanço não é definido só pelas estratégias comerciais — mas, principalmente, por quem faz elas acontecerem.
Estamos falando de cultura e do seu alinhamento entre todos os colaboradores.
Para que cada plano seja colocado em prática da melhor forma possível, precisamos de um dia a dia alinhado aos valores da empresa e pessoas que os coloquem em prática, fazendo cada planejamento acontecer.
É por isso que um dos principais objetivos de uma marca deve ser construir uma cultura consistente, que chegue a todos os colaboradores — da liderança à ponta. E essa segunda parte do desafio fica com a Comunicação Interna.
Atingir todos os colaboradores é tão desafiador assim?
A resposta é sim. E quem diz isso não somos nós, mas os diversos estudos realizados internacionalmente:
Além da localização, ter diversas unidades pelo país também implica em outros fatores desafiadores na interação: perfis, gerações, níveis hierárquicos, rotinas e comportamentos.
Quando falamos de fatores demográficos, por exemplo, a diferença de gerações é um dos pontos mais desafiadores. Desde o estagiário até quem já está completando 30 anos na empresa, não é só o aniversário de casa que muda. A forma de ver o mundo, o contexto no qual nasceram, a importância que dão a cada situação… Tudo isso é imensamente distinto, o que afeta o jeito de falar com eles, como despertar a atenção de cada um, como atingi-los e em qual intensidade; e por aí vai.
Além das individualidades de cada colaborador, há também muitos outros obstáculos que grandes empresas precisam enfrentar para uma comunicação efetiva.
- Unidades em regiões com costumes e visões totalmente diferentes;
- Vários tipos de ambientes de trabalho — o que implica em jornadas que variam entre si (uma companhia aérea, por exemplo, tem hangares, prédios corporativos, aeroportos e muito mais);
- Uma imensa gama de funções e, consequentemente, prioridades.
É diferente de uma pequena empresa, por exemplo, na qual, por estarem próximos e viverem cotidianos extremamente parecidos, todo mundo conhece o jeito que a banda toca e o objetivo macro a ser atingido.
Certo. Mas como a Comunicação Interna pode lidar com isso?
Mais do que dar um recado sobre o feriado da próxima semana, uma grande empresa que almeja alcançar o sucesso integral precisa se comunicar com os seus colaboradores para:
E as maneiras de chegar a esses fins são várias. A primeira delas, contudo, é conhecer bem os seus diferentes públicos-alvo.
Entender com quais idades a empresa está lidando em cada setor e unidade, estilos, rotinas de trabalho, gostos, regiões e assim por diante. Quanto mais a empresa conhece seus colaboradores e as divergências entre eles, mais ela pode pensar em estratégias efetivas para melhorar seus resultados de comunicação.
Dando um exemplo simples: o tempo que um operador de máquina e um profissional da administração têm para ficar no computador e verificar e-mails é totalmente oposto. Isso se deve às rotinas e funções.
Como um colaborador do Nordeste se comunica é diferente de como um colaborador do Sul se comunica. E a regionalização é a causa disso.
“Tá. E como a Comunicação Interna pode proceder sabendo desse cenário?”
Entendendo as rotinas e funções, a equipe pode determinar horários de divulgação melhores e canais mais assertivos. Ao ter uma visão mais ampla das regiões, é capaz de melhorar suas criações otimizando o tom de voz e até segmentando-as quando necessário.
Basicamente, é ser estratégico em como comunicar, e não apenas no que comunicar.
Alzira Duarte, coordenadora de Comunicação Interna da Azul Linhas Aéreas, traz um exemplo real de como isso é uma grande realidade nas empresas do Brasil:
“O maior desafio da Comunicação Interna é, com certeza, a diversidade de públicos. Na aviação não é diferente. Aqui, precisamos nos comunicar com pessoas que estão por todo o Brasil e até no céu (literalmente). Para ser eficaz, a nossa estratégia está em segmentar a comunicação e ‘falar’ com cada público conforme a sua linguagem e seus interesses.”
Numa fala extremamente relevante e que pode servir como uma valiosa lição, ela também ressalta a importância das lideranças para a efetividade desse processo todo:
“Outro ponto importante é ter as nossas lideranças como canal de comunicação direto com os funcionários — são elas as responsáveis por entender as dores e dúvidas, e por acionar o time de comunicação para que, juntos, construamos uma estratégia assertiva, de acordo com a necessidade de cada campanha.”
A excelência no resultado depende da excelência em todo o processo
Como dissemos até agora e a Alzira reafirmou, conhecer os colaboradores é crucial — e dá pra fazer isso por meios muito básicos, como olhar os dados demográficos da empresa. Contudo, a melhor forma de entender de verdade o seu público interno é por meio de ferramentas mais completas, como o assessment de colaboradores, normalmente oferecido por consultorias especialistas na área de CI.
Outro passo importante, que pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma companhia, é a consistência que a sua cultura tem. Apenas saber como se comunicar com seus colaboradores não basta se o que a empresa prega não está alinhado à realidade que todos vivem.
Há diversas soluções que podem ajudar a garantir isso, como a definição de uma declaração cultural, uma revisão de valores, definição de ritos e comportamentos, etc. — também oferecidos por consultorias e agências especializadas no assunto.
Agora, se você tem certeza de que a sua cultura está sólida e só precisa ser melhor divulgada, uma campanha de cultura e valores bem pensada e estratégica pode ser a melhor saída.
Consistência é o segredo — tanto na cultura quanto na estratégia
Uma campanha de cultura é importante. E tão importante quanto ela é planejar a continuidade dessa iniciativa: entender como podemos manter vivo o espírito de orgulho dos colaboradores, mesmo depois da campanha principal já ter acabado, e descobrir como expandir esse sentimento para todas as outras que virão.
E claro: sempre tendo em vista tudo que já foi aprendido a respeito desses públicos até chegar ali.
Para isso, é interessante ter um time de CI engajado, proativo e com um olhar voltado para a transformação constante. Contar com uma agência e outros parceiros que sejam especialistas na área durante a jornada também torna essa tarefa menos pesada e muito mais potente.
O texto acima foi produzido por um parceiro Dialog, tendo seus direitos reservados. A Dialog não se responsabiliza pelo conteúdo deste artigo, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.
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