Uma das principais palestras do SXSW 2025 — evento global de inovação e tecnologia realizado recentemente em Austin, nos Estados Unidos — abordou o futuro do trabalho sob a ótica de Rishad Tobaccowala, autor do livro Rethinking Work, futurista e uma das vozes mais influentes em liderança e transformação digital.
Em seu painel, Tobaccowala destacou que, nos próximos anos, haverá um crescimento exponencial de empresas, com profissionais atuando em diferentes modelos, em múltiplos mercados e conectados a diversas tecnologias.
Nesse cenário, será crucial ampliar o impacto das interações humanas, ter a tecnologia como aliada e formar líderes transformadores — capazes de criar, orientar, construir e evoluir com seus times. Líderes que operam não mais na zona de controle, mas na zona de influência.

Pilares essenciais
Segundo Tobaccowala, três pontos serão imprescindíveis para que empresas e profissionais estejam prontos para o futuro do trabalho:
- Aprendizado contínuo: investir em capacitação e desenvolvimento em todos os níveis.
- Conexão: integrar pessoas, dados, plataformas e oportunidades dentro e fora da organização.
- Confiança e reconhecimento: em um cenário dominado por IA, algoritmos e múltiplas interfaces, a confiança será um ativo estratégico. E o reconhecimento, baseado em mérito e excelência, será a força motriz do crescimento contínuo.
A era da conexão humana + tecnológica
Tobaccowala e outros palestrantes do SXSW 2025 também reforçaram, sob diferentes perspectivas, a necessidade de equilíbrio entre avanços tecnológicos e valores humanos, com foco em autenticidade e conexão emocional.
Em um mundo do trabalho que se transforma todos os dias — impulsionado pela tecnologia, pela evolução social e por inúmeros agentes de mudança — torna-se essencial construir conexões significativas, nas quais humanização e tecnologia caminham lado a lado.
E aqui, proponho uma reflexão: como estamos posicionando a Comunicação Interna, o Endomarketing e o Employer Branding nesse cenário? Ou melhor: como nós, profissionais de Comunicação, Gestão de Pessoas ou líderes, estamos — ou ainda não estamos — preparados para lidar com os desafios que já estão postos?
A verdade é que o futuro do trabalho já começou. Pelo menos, é o que observo diariamente nas diferentes empresas em que atuamos — ao analisar desafios de gestão, estratégias, carências e potencialidades. O que Tobaccowala trouxe ao SXSW já é realidade. Vai se tornar mais evidente? Sem dúvida. Por isso, precisamos enxergar os desafios como oportunidades de evolução.
Inovar é entender e atender melhor às necessidades das pessoas, criando interações que gerem valor real.

É sobre isso
As pessoas são, e continuarão sendo, um diferencial competitivo e um dos pilares da sustentabilidade dos negócios. Não sou futurista, mas sou analítica — e, por isso, vejo que o futuro exigirá líderes gestores de pessoas, com habilidades de comunicação e outras soft skills cada vez mais apuradas.
Também exigirá que Comunicação Interna e o Endomarketing estejam presentes de forma eficaz em toda a organização — por meio de conteúdos de valor, com agilidade, acesso garantido a todos os colaboradores e operados a partir da análise de dados —, pois a informação conecta, engaja e dá sentido.
Também será primordial ter uma marca empregadora forte e proprietária, não apenas para atrair talentos, mas para manter equipes engajadas e alinhadas aos desafios do presente e do que está por vir.
Afinal, são as pessoas que fazem os negócios acontecerem. E o futuro do trabalho — que já começou — exige mais do que adaptação. Exige ação. Mais do que acompanhar mudanças, precisamos agir com propósito, construindo hoje as conexões e soluções que farão a diferença amanhã.
O futuro não é mais sobre previsões. É sobre escolhas. E elas já estão sendo feitas — agora, por nós.

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