Uma das grandes causas de desentendimento entre as pessoas é a falta de clareza na comunicação. Muitas vezes, como a mensagem é muito óbvia para o emissor, subentende-se que também será para quem recebe a informação. E assim um mal-entendido se torna um mau resultado.
De acordo com uma pesquisa da JobsInME, 85% dos colaboradores se sentem mais motivados quando têm atualizações regulares. Outra pesquisa da Mindshare NA e da Dynamic Signal revela que apenas 74% dos trabalhadores acreditam ter as informações necessárias para fazer o seu trabalho.
Vá além do básico!
Extrapolando os princípios de concisão e coesão de quem comunica, gostaria de refletir sobre compreensão e interpretação da mensagem a partir do ponto de vista do receptor. Já sabemos que o primeiro passo para a comunicação eficaz é saber com quem você está falando. Mas na prática, como isso está sendo aplicado?
Stephen R. Covey, em seu livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, comenta que é preciso ter comunicação empática. “Procure compreender, depois ser compreendido”, afirma. Ou seja, a percepção do outro deve ser levada em consideração na formulação do conteúdo. Isso vai além de saber quem é o público-alvo. É entender como ele possivelmente vai receber a mensagem.
Sua mensagem precisa de empatia, escuta ativa sobre a realidade das áreas e informação.
Evite o estrangeirismo ao máximo
Um exemplo comum é o uso de palavras em outro idioma para um público que possivelmente não domina aquela língua, comportamento muito comum com expressões em inglês. Mesmo que a empresa seja global, é preciso lembrar que apenas 5% dos brasileiros conseguem se comunicar em inglês, sendo 1% fluente, segundo levantamento do instituto British Council.
Assim, é necessário ter cuidado para que o estrangeirismo não cause a sensação de elitismo da informação, desconexão cultural, inacessibilidade, variação de significado ou dificuldade de compreensão. Se você não tem certeza se todos conhecem, traduza ou – na falta de uma palavra em português – contextualize.
Conversando de igual para igual
Uma prática aplicada no marketing digital e no branding, mas pouco – ou nunca – aplicada à Comunicação Interna é a criação de personas. Pensando no consumidor, essa técnica ajuda a empresa a entender como deve se relacionar com ele e quais conteúdos devem ser entregues para oferecer valor, gerar empatia, possibilitar mais engajamento e aumentar a compreensão da mensagem.
No endomarketing, as personas criam indivíduos semifictícios para cada público interno, trazendo clareza de como se comunicar com cada um deles. Suponhamos que a empresa tenha um público administrativo bilíngue, majoritariamente solteiro e na faixa dos 30 anos, mas no operacional as pessoas falam apenas o idioma nativo, são casados e estão na faixa etária de 50 anos.
Uma única empresa com diversos públicos.
Como dar a mesma informação para pessoas tão heterogêneas? Cada persona deve falar com o seu público específico. E isso não significa que a empresa tem algum tipo de dupla personalidade na comunicação, mas, assim como nós utilizamos diferentes linguagens em ambientes variados, a empresa também deve se comunicar de forma flexível e empática com os diversos públicos.
Sempre lembrando que as personas são construídas a partir do branding. Isso significa que os arquétipos e atributos da marca sempre serão os mesmos, bem como a informação a ser passada.
Ao promover uma comunicação empática, as informações são mais fáceis de serem compreendidas, de forma a engajar todos os níveis da organização. Isso pode contribuir significativamente para um melhor resultado estratégico!
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