Está todo mundo cansado de ouvir isso, mas é a verdade: o mundo mudou. E continua mudando enquanto você lê essas reflexões. Junto dele, também transformamos nossos hábitos de consumo, de comunicação, e as ferramentas do dia a dia. Estamos o tempo todo conectados. Usamos aplicativos para tudo. E, aos poucos, essa realidade vai invadindo o universo do trabalho. Aliás, com as novas gerações iniciando suas trajetórias profissionais, as empresas sentem o reflexo direto de tanta conectividade. É preciso repensar a comunicação.
E os textos?
Os textos continuam seguindo padrões que talvez não façam mais sentido dentro de todo esse contexto. Estudamos tanto sobre estruturas textuais, gramática e leads, né? Aprendemos a formular mensagens dentro de uma estrutura jornalística, na maioria das vezes. Mas será que essa estrutura é a mais interessante em um mundo de tantas telas?
Temos orgulho de levar uma plataforma multicanal para a empresa, mas continuamos usando um texto engessado. Distribuímos nossas mensagens em diferentes canais, mas continuamos apostando tudo nas palavras. Enfrentamos uma realidade multigeracional, com diferentes preferências de consumo de conteúdo, mas continuamos enquadrando mensagens em um tom corporativo e frio. Como podemos repensar a comunicação?
Nas outras relações, com amigos e famílias, nossas equipes conversam com memes, GIFs, figurinhas e uma linguagem livre. Com a empresa, a conversa é chata. O texto é grande. A estrutura é rígida. A abordagem nem sempre atrai.
Repensar o papel do comunicador
Para repensar a comunicação, podemos começar ressignificando o nosso papel dentro das organizações. Não somos jornalistas escrevendo para um veículo que as pessoas querem consumir. O que fazemos vai além de informar. Somos o elo do diálogo entre empregador e empregados. Somos moderadores.
Reinventar abordagens, encontrar ganchos de atratividade, explorar novos formatos e testar outras estruturas de texto também são caminhos para humanizar a comunicação.
Como dar o primeiro passo?
Aproveite o fim de ano, momento de planejamento, para repensar a comunicação: reveja os projetos editoriais, o tom de voz e, principalmente, o formato das mensagens para 2024.
- Faça um exercício de definição de mensagens-chave (com base nas estratégias do negócio e no propósito da comunicação, quais temas serão prioritários?).
- Pense no projeto editorial de cada canal (não apenas um único para todos).
- Reflita sobre os perfis geracionais que você tem entre seus públicos e identifique que canal cada geração prefere.
- Mapeie formatos diferentes por canal (texto, vídeo, som, GIFs, memes, embaixadores).
- Mergulhe nos temas de interesse de cada público para ter mais sucesso nos ganchos de atratividade (você pode consultar profissionais de diferentes gerações na hora de formular uma mensagem, buscando compreender qual é o ponto de interesse para cada um).
- Faça testes e mensure. Arrisque em um canal e monitore o retorno. Explore uma abordagem totalmente nova e converse com as pessoas. Registre as experiências e os impactos. Crie uma base de dados.
- Vá aos poucos, mas não deixe de mudar.
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