Comunicação Interna, estresse, engajamento e jornada do colaborador são temas que em um primeiro momento podem parecer desconexos, mas, na verdade, estão diretamente relacionados.
Um estudo da Gallup mostrou que, pelo segundo ano consecutivo, o estresse de colaboradores segue em nível recorde: 44% dos respondentes em escala global afirmaram ter se estressado no dia anterior.
Outro dado relevante do mesmo estudo é que, dos colaboradores que declararam ter sentido muito estresse no dia anterior, 56% são pessoas ativamente desengajadas – o que mostra relação entre os dois tópicos.
Engajamento e saúde mental são pautas que fazem parte da jornada do colaborador, e tudo isso pode ser trabalhado e/ou afetado pela atuação da Comunicação Interna. Neste texto, falaremos sobre como isso é possível.
Engajamento e estresse são correlacionados
Segundo o State of the Global Workplace, o engajamento tem 3,8 vezes mais influência sobre o estresse do colaborador do que o modelo de trabalho, por exemplo.
Os dados acima mostram que os sentimentos das pessoas durante a rotina importam mais na redução do estresse do que o modelo de trabalho. Isso demanda uma atenção especial da liderança, de acordo com a Gallup.
“Os líderes precisam se perguntar se o desempenho ruim no trabalho remoto ou híbrido é um problema de localização ou um problema de gerenciamento. Nenhuma localização pode consertar uma administração ruim e o escritório sozinho não tem mágica para criar uma grande cultura organizacional”, afirmou o estudo.
A região que registrou o maior nível de estresse é formada por Estados Unidos e Canadá, com 52%. A média da América Latina e do Caribe ficou em sexto lugar, com 41%, registrando uma queda de 9% em comparação com a última edição do estudo.
Ao analisar apenas os países desse grupo, o Brasil ficou em 11º lugar nesse ranking, com 45%.
Além do estresse, a pesquisa monitorou também se os colaboradores sentiram raiva no ambiente de trabalho. A porcentagem a nível global é baixa (21%), mas acende um alerta para que as organizações olhem para o assunto com cuidado.
A região da América Latina e do Caribe é a que registrou menor índice de raiva: 13%, uma queda de 2% em comparação com o levantamento anterior.
Entretanto, o Brasil ficou em 4º lugar na lista de países da região, apresentando 20% de respondentes que afirmaram sentir raiva no dia anterior.
Esses “sentimentos negativos diários”, como a Gallup classifica, impactam diretamente no engajamento do colaborador e no índice de turnover da organização. O Brasil possui 28% de força de trabalho engajada (a média global é de 23%) e 44% das pessoas acreditam que é agora é um bom momento para encontrar um novo trabalho.
Os números provam a relação direta entre sentimentos, engajamento e retenção de talentos (um dos pilares do employer branding), pontos que fazem parte da jornada e da experiência do colaborador.
Como vimos em outro artigo por aqui, várias questões afetam o engajamento dos profissionais. Dito isso, é interessante analisar quais são elas e como podem se relacionar ou até mesmo causar sentimentos como estresse e raiva, além de atrapalhar uma boa jornada. Algumas dessas questões são:
- Falta de feedback e reconhecimento;
- Falta de balanço entre vidas profissional e pessoal;
- Compensação e benefícios inadequados;
- Comunicação Interna ruim.
Comunicação Interna entra em cena
Uma atuação ineficiente de Comunicação Interna oferece riscos desastrosos ao negócio. O custo de uma CI ruim é de, em média, 19 milhões de dólares por ano, segundo pesquisa feita com c-levels pela Poppulo.
A falta de comunicação em empresas nos Estados Unidos e no Reino Unido custa US$ 37 bilhões (ou US$ 26 mil por colaborador) por ano, como mostrou o Mitchell Communications Group.
Esses custos se dão principalmente pelo impacto negativo no engajamento dos profissionais, diminuindo sua produtividade e aumentando o nível de turnover da organização, demandando custos para repor e treinar talentos.
Essa relação tão intrínseca mostra que os esforços nesses temas não são pontuais, refletindo em outras pautas importantes e de impacto ao negócio.
Por exemplo: investir em uma boa estratégia na Comunicação Interna se mostra como um investimento em engajamento, jornada e experiência positiva para o colaborador.
“Além disso, uma Comunicação Interna eficaz promove o sentimento de pertencimento e valoriza os colaboradores, dando voz a suas ideias e preocupações, promovendo o diálogo e fortalecendo a transparência. Ao se sentirem ouvidos e parte do processo decisório, os funcionários se tornam mais motivados, comprometidos e dispostos a contribuir ativamente para o sucesso da empresa”, como falamos anteriormente em outro artigo do CI Transforma.
Complementando esse ponto, o estudo The Cost of Employee Engagement afirma: “Ninguém prospera em um trabalho quando não sabem o que está acontecendo, por que estão trabalhando em uma determinada tarefa ou se estão alinhados com os objetivos da empresa”.
O segredo é multicanal
Hoje em dia, a tecnologia se mostra uma grande aliada na missão de engajar colaboradores, promover sentimentos e construir uma jornada positiva ao oferecer recursos que incentivam a participação e a voz ativa dos profissionais. Esse é o caso da Dialog, plataforma multicanal de Comunicação Interna e Engajamento.
A multicanalidade garante o alcance e o envolvimento de todos os profissionais de uma empresa, o que aumenta as chances de engajar esse público. É importante lembrar que a Comunicação Interna e o engajamento são pontos cruciais para uma experiência do colaborador positiva.
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